São Paulo FC demite Rogério Ceni após tricolor perder para o Flamengo e entrar na zona de rebaixamento

(Alexandre Schneider – Getty Images)

Depois de o São Paulo Futebol Clube perder por dois gols a zero para o Flamengo, no Rio de Janeiro, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro realizada no domingo (2), e ingressar na chamada zona de rebaixamento, Rogério Ceni não é mais o técnico do Tricolor do Morumbi.

O treinador foi demitido nesta segunda-feira (2) pela diretoria são-paulina, que em comunicado oficial de cinco linhas, assinado pelo presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, destacou que “O respeito e o reconhecimento pela grandeza de Rogério Ceni, como figura histórica desta instituição, serão eternamente celebrados”.

No comunicado, o SPFC não menciona “comum acordo”. A nota ressalta apenas a saída do técnico do comando da equipe principal, enfatizando que “em sua passagem como treinador, Ceni demonstrou a dedicação e o empenho que o caracterizaram como atleta. Desejamos boa sorte a este que sempre será um dos maiores ídolos de nossa história”.


A demissão de Rogério Ceni acontece três dias após a saída de seu auxiliar, o inglês Michael Beale, que alegou problemas pessoais para deixar do SPFC. Contudo, Beale e Ceni estavam profundamente decepcionados com as mudanças no elenco, com constantes saídas e chegadas de jogadores, o que não permite a formação de um conjunto capaz de enfrentar a maratona de jogos de um campeonato longo como o Brasileirão.

O contrato de Rogério Ceni com o São Paulo, cujo prazo final era dezembro deste ano, tinha cláusula de multa contratual, que dará ao ex-goleiro o direito de receber R$ 5 milhões. A meta estipulada, sugerida pelo técnico, é a média dos aproveitamentos de Juan Carlos Osorio (51%), Edgardo Bauza (46,5%) e Ricardo Gomes (42,5%), três últimos treinadores do clube. Ou seja, a média de aproveitamento deveria ser de 46,7%, mas Ceni alcançou 49,5% – 37 jogos, 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.

O grande fantasma do treinador Rogério Ceni é o ex-goleiro Rogério Ceni, um vencedor dentro das quatro linhas. Ademais, Ceni errou ao estrear de forma precipitada como treinador, mesmo depois de alguns cursos durante temporada sabática na Europa. Poderia ter ingressado na carreira como auxiliar técnico, mas certamente a vaidade falou mais alto. Agora o momento é de reflexão, com direito a repensar a carreira, que por questões óbvias não poderá ser em nenhum dos três grandes do futebol paulista (Corinthians, Palmeiras e Santos)

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