Trump diz que estuda resposta “severa” à Coreia do Norte; solução à base da força produzirá tragédia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6), em Varsóvia, que haverá consequências por causa da conduta “má” e “perigosa” da Coreia do Norte. “Eles estão se comportando de maneira muito, muito perigosa e alguma coisa terá de ser feita”, disse. “Vamos confrontá-los com firmeza.”

Trump afirmou que o governo americano está analisando várias respostas “severas” ao comportamento do regime norte-coreano, mas não quis comentar sobre uma possível ação militar dos Estados Unidos contra o país asiático.

“Eu não traço linhas vermelhas”, afirmou Trump, argumentando que seu antecessor, Barack Obama, errou ao traçar uma linha vermelha sobre o uso de armas químicas na Síria. “Não gosto de falar sobre o que planejei, mas estamos pensando em algumas coisas bem severas. Mas isso não significa que vamos fazê-las”, disse o presidente dos EUA.


As declarações de Trump foram dadas após a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, ter afirmado que os Estados Unidos estão preparados para usar suas “consideráveis forças militares” para defender a si e a seus aliados. “Vamos usá-las, se necessário, mas preferimos não seguir nessa direção”, declarou.

No início da semana, mais precisamente na terça-feira (4), dia em que os Estados Unidos comemoraram o Dia da Independência, o governo de Pyongyang anunciou o lançamento bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental. Segundo especialistas, o míssil tem em condições de atingir o Alasca.

Não há dúvida de que o ditador Kim Jong-un precisa ser contido, mas não será no rastro de um enfrentamento militar que a questão será resolvida. Há na região parceiros estratégicos dos EUA na Ásia, alguns dos quais seria afetados diretamente pelas consequências de uma intervenção com uso de “consideráveis forças militares”.

Como se não bastasse, a China usa a Coreia do Norte, a quem financia por meios indiretos, como massa de manobra na região. Trata-se de uma estratégia complexa, mas que vem favorecendo o governo de Pequim em termos geopolíticos. E Donald Trump precisa enfrentar o problema a partir desse cenário, pois do contrário o estrago será enorme e se controle. (Com agências internacionais)

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