Com deboche e ameaças, Gleisi Hoffmann faz discurso transtornado em defesa do condenado Lula

A jabuticaba não é a única exclusividade dessa barafunda em que se transformou o Brasil. Por aqui há também senadora da República ré por corrupção que sobe à tribuna para defender um ex-presidente condenado à prisão por corrupção. Assim fez a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que nas planilhas de propina da Odebrecht aparece sob o sugestivo codinome “Amante”, que usou o microfone do plenário do Senado para destilar indignação com a condenação de Lula, o dramaturgo do maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão.

Já era esperado que os petistas avançariam na seara do desespero quando a primeira condenação de Lula no âmbito da Operação Lava-Jato fosse anunciada. Mas os primeiros efeitos da sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro foram mais devastadores do que imaginado.

Gleisi Helena não poderia agir de forma distinta ao defender o principal cabo eleitoral que a fez ascender à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores, onde age como fantoche dos próceres petistas e de sindicalistas delinquentes ligados à legenda. Portanto, a senadora não deveria ter apelado ao deboche e às ameaças.

Em discurso no plenário do Senado, Gleisi criticou o juiz Sérgio Moro, como se Lula estivesse acima da lei e de todos. Disse a senadora do alto da sua arrogância: “Lá, no fundo, eu achava que o juiz Sérgio Moro daria valor a sua trajetória, ao seu diploma, àquilo que aprendeu na universidade e inocentaria o Presidente Lula pelo fato de não ter absolutamente nenhuma prova contra o nosso Presidente”.


A senadora paranaense pode pensar o que bem entender, assim como manifestar o próprio pensamento, pois essa é uma garantia tácita e pétrea que traz a Constituição Federal de 1988. Porém, a mesma Carta Magna, em seu artigo 5º, estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Em outras palavras, Lula, nem mesmo em sonho, pode ser tratado como divindade suprema e inimputável.

“Juiz Sérgio Moro, dê exemplo ao Brasil, não faça isso. É feio! Está todo mundo vendo que é uma decisão política, uma decisão baseada em convicção, uma decisão baseada para justificar a sua posição reiterada de convencimento da opinião pública de que Lula era chefe de quadrilha”, avançou Gleisi em seu discurso marcado pela perturbação.

Em outro trecho, a petista ameaçou: “Nós não vamos nos calar, não. Não pense, juiz Sérgio Moro, que ficaremos mansos. Não ficaremos. O movimento social já está mobilizado. Nós já estamos também com mobilização do nosso Partido, já estamos trabalhando na defesa do Presidente Lula, e amanhã estaremos com ele para dizer para todo o Brasil que nós o defendemos, que nós temos orgulho do Presidente Lula, que ele é um presidente que marcou a história do povo brasileiro, que melhorou a vida dos pobres deste País, que deu dignidade para os trabalhadores”.

Como reza a Constituição, “é livre a manifestação do pensamento, desde que vedado o anonimato”, por isso Gleisi Hoffmann, a “Amante”, pode acionar sua insana verborragia a qualquer tempo. Adular um político responsável pelo período mais corrupto da história do País é direito de cada um, mas não se pode afirmar que Lula “marcou a história do brasileiro”. No período em que o ex-metalúrgico ocupou o Palácio do Planalto, o Brasil afundou na lama da corrupção sistêmica, cujo objetivo era subtrair o dinheiro público em benefício de um partido que tentava implantar no País uma ditadura esquerdista disfarçada de democracia.

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