Incoerentes e falsos moralistas, petistas decidem que o que vale para Temer não vale para o alarife Lula

Que o Partido dos Trabalhadores é movido pelo discurso fácil e rasteiro e também e principalmente pela incoerência todos sabem, mas é preciso que os “companheiros” modulem o discurso para que o vexame não se agigante, pois os brasileiros não mais suportam banditismo político.

Na quarta-feira (12), dia histórico em que o alarife Lula foi condenado à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que discute a denúncia contra o presidente da República, os petistas protagonizaram um espetáculo de incoerência. Deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul, o ultrarradical Henrique Fontana, que crê ser a gritaria a melhor forma de fazer prevalecer seu pensamento, deu mostras de como age o partido que já foi comparado a uma organização criminosa.

Ao discursar a favor do relatório que recomenda a continuidade da denúncia, Fontana, aos berros, disse que por questões óbvias o PMDB não apresentaria uma fotografia de Michel Temer recebendo a mala com R$ 500 mil, propina entregue por emissário da JBS ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que cumpre prisão domiciliar.

A denúncia contra o presidente Michel Temer – gostem ou não os mais exaltados – tem viés eminentemente político e é fraca em termos de provas. Aliás, foi baseada em depoimentos de delatores e no “achismo” do procurador-geral Rodrigo Janot. Se a CCJ fizesse jus ao nome que enverga e fosse movida pela responsabilidade de seus integrantes, por certo a denúncia seria rejeitada, mas no momentâneo cardápio da comissão prevalece a necessidade de se vingar o impeachment de Dilma Rousseff.


Pois bem, se o petista Henrique Fontana afirma que não é necessária de uma fotografia da entrega da propina da JBS para comprovar a culpa do presidente da República, por qual razão a foto de Lula no apartamento triplex no Guarujá, ao lado da falecida Marisa Letícia, não serve como prova para condenar o ex-metalúrgico? Seria bom que os “camaradas” ajustassem a sintonia do discurso, pois dessa forma fica evidente que o PT quer a qualquer preço retomar o projeto de poder que transformará o Brasil em uma ditadura comunista travestida de democracia. Tudo à base do pão e circo, pois só assim a claque petista se aquieta.

Nesta quinta-feira (13), a também gaúcha Maria do Rosário, deputada federal pelo mesmo PT, ao encaminhar o voto da bancada, disse que rejeitar o relatório a favor do prosseguimento da denúncia contra Michel Temer seria rasgar a Constituição Federal.

Com exemplar da Carta Magna em mãos, como se esse teatrinho mambembe fosse capaz de sensibilizar a parcela de bem da sociedade, Maria do Rosário fez questão de destacar o artigo 5º, que reza o seguinte: “Todos são iguais perante a lei, em distinção de qualquer natureza”.

Ora, será que o artigo da Constituição de 1988 serve apenas para justificar o prosseguimento da denúncia contra o atual presidente da República, não servindo, portanto, para explicar a condenação de Lula, que acreditou durante todo o processo que sua popularidade seria capaz de impedir uma sentença judicial adversa.

Bom seria se os petistas se reunissem com a devida antecedência para combinar o discurso, pois o Estado Democrático de Direito, o qual os esquerdistas acionam quando estão em apuros, privilegia a isonomia de tratamento aos cidadãos, ou seja, “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. Ou será que Lula, o trapaceiro falastrão, é uma divindade tupiniquim e, portanto, inimputável?

apoio_04