Por determinação de Moro, Brasilprev bloqueia R$ 9 milhões em planos de previdência em nome de Lula

A empresa Brasilprev Previdência e Seguros S/A enviou ao juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato, documento confirmando o bloqueio de cerca de R$ 9 milhões depositados em dois planos de previdência privada, ambos em nome do ex-presidente Lula.

No documento, a Brasilprev informa que suspendeu a disponibilidade dos valores após a decisão de Moro de bloquear R$ 16 milhões dos réus condenados na mesma ação penal em que o petista foi condenado a nove anos e seis meses de prisão.

Segundo a Brasilprev, os recursos estavam depositados em dois planos de previdência privada, um no valor R$ 7.190.963,75 e outro de R$ 1.848.331,34. Nesses dois planos, os últimos depósitos foram feitos em junho de 2014, portanto há mais de três anos.

Como titular dos planos de previdência aparece LILS Palestras e Eventos, empresa criada para gerenciar as palestras de Lula, as quais serviram, até então, como cortina de fumaça para propinas pagas por empreiteiras envolvidas no Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade.


Além do bloqueio feito pela Brasilprev, com base em determinação judicial, o Banco Central já havia bloqueado pouco mais de R$ 606 mil que estavam depositados em quatro contas bancárias em nome do ex-metalúrgico. Fora isso, a Justiça bloqueou e arrestou também dois carros, três apartamentos e um terreno, em São Bernardo do Campo (SP), pertencentes ao petista.

Ora, se Lula recebe mensalmente R$ 30 mil, como ele próprio afirmou em Juízo, é impossível que, com tal rendimento, alguém tenha dois planos de previdência privada com saldo de R$ 9 milhões. O caso torna-se ainda mais controverso se considerado o fato que ambas as contas estavam em nome da LILS e tinham o petista como beneficiário. Em suma, se não for uma história muito mal contada, por certo é fruto do milagre da multiplicação.

Como esperado, a defesa de Lula considerou “ilegal e abusiva” a decisão do juiz Sérgio Moro de determinar o bloqueio de bens e recursos financeiros. Os advogados alegam que o bloqueio de bens estava sob sigilo e que foram informados da decisão por meio da imprensa.

“Na prática a decisão retira de Lula a disponibilidade de todos os seus bens e valores, prejudicando a sua subsistência, assim como a subsistência de sua família. É mais uma arbitrariedade dentre tantas outras já cometidas pelo mesmo juízo contra o ex-Presidente Lula”, destacam os advogados.

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