Após condenar o “quanto pior, melhor”, esquerda colérica aposta na tese para desgastar Michel Temer

Antes do início do recesso parlamentar, deputados federais da oposição deixaram claro o desejo de prolongar ao máximo o calvário do presidente da República, Michel Temer (PMDB), alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção. A ideia, diziam à época os integrantes da oposição colérica, era, na retomada dos trabalhos, discutir ao máximo a questão, antes da votação em plenário da aceitação ou não da denúncia.

Quando ainda estava no poder, promovendo seguidos estragos na economia, a então presidente Dilma Rousseff acusava os adversários de serem adeptos do “quanto pior, melhor”. E isso não valia apenas para políticos, mas para jornalistas que insistiam em apontar as bizarrices de uma política econômica desastrada.

Apeada do poder, ao qual deseja retornar para completar o estrago, a esquerda sonha com eleições diretas já, por isso insiste em desgastar Michel Temer o quanto for possível como forma de expor ainda mais o peemedebista à opinião pública.

A votação da denúncia no plenário da Câmara dos Deputados está marcada para o próximo dia 2 de agosto, quarta-feira, mas aparentemente o governo tem votos suficientes para barrar o que seria o primeiro passo para o afastamento de Temer da Presidência.


Como a oposição já percebeu que corre o risco de ser derrotada em sua investida contra o Palácio do Planalto, a estratégia é prorrogar ao máximo a decisão final, fazendo com que fatores externos influenciem deputados indecisos, especialmente depois de duas semanas de andanças nas respectivas bases eleitorais. Contudo, dados que mostram a recuperação da economia, mesmo que em ritmo lento, pode ser um fator contra os oposicionistas.

O plano da oposição tem todos os ingredientes para fracassar, pois a parcela pensante da sociedade já percebeu que por trás dessa cruzada há o desejo claro de um grupo político que caiu em desgraça por conta não apenas dos escândalos de corrupção, mas principalmente pela peçonha do esquerdismo bandoleiro.

Ademais, a esquerda continua apostando todas as fichas em uma eventual candidatura de Lula em 2018, sem direito ao chamado “plano B”, segundo muitos petistas. Condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex praiano, o ex-metalúrgico é réu em outras cinco ações penais. Ou seja, a dependência em relação a Lula faz da esquerda uma presa fácil dos adversários, mas é preciso cautela.

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