Até o PT se constrange com o apoio de Gleisi a Nicolás Maduro, que viola a democracia e mata opositores

Os delírios comunistas da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), durante encontro do Foro de São Paulo, na Nicarágua, foram tão radicais (ela celebrou a Revolução Russa, elogiou Ernesto “Che” Guevara e afirmou que o presidente Nicolás Maduro, que destruiu a democracia e está assassinando seu povo na Venezuela, é “perseguido”), que sequer conquistaram o apoio e solidariedade do PT. Exagerados, os devaneios esquerdistas de Gleisi provocaram divisões dentro do próprio Partido dos Trabalhadores.

Enquanto Gleisi Helena manifesta apoio incondicional à Constituinte convocada por Maduro, uma ala petista defende posição mais cautelosa com relação ao tiranete bolivariano, que pretende dar um golpe no Congresso (onde está em minoria) com uma Constituinte altamente questionada pelo povo venezuelano e pela comunidade internacional.

O próprio Lula estaria preocupado com os rumos de Nicolás Maduro, que vem radicalizando a situação política e apostando na violência. Segundo avaliações, Lula não quer amarrar o PT a um governo que pode terminar em banho de sangue.

A decisão de Gleisi de apoiar de forma irrestrita as sandices homicidas de Maduro teria provocado irritação em Lula e nas alas mais moderadas do PT. Uma onda de protestos contra o ditador venezuelano e sua Constituinte “fake” já deixou mais de cem mortos nos últimos quatro meses.


Sem medo de ser feliz, Gleisi Helena faz defesa irrestrita da Constituinte de Maduro. Ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, em Manágua, a petista paranaense manifestou, em nome do partido, “apoio e solidariedade ao governo do PSUV [Partido Socialista Unido da Venezuela], seus aliados e ao presidente Maduro frente à violenta ofensiva da direita”.

Na terça-feira (25), a senadora reafirmou o aval do partido à convocação da Assembleia Constituinte. A presidente dos petistas comparou a atuação da oposição venezuelana à brasileira, que levou ao impeachment da “companheira” Dilma Rousseff. Uma comparação vista com desconforto pelo PT.

Com a costumeira falta de bom senso, Gleisi não vê contradição no fato de o PT reivindicar eleições diretas no Brasil e endossar a Assembleia Constituinte na Venezuela. “Gostando-se ou não de Maduro, ele tem legitimidade, foi eleito em urna, o que não é o caso de quem hoje governa o Brasil”, disse, levando o paralelo entre a situação da Venezuela e a do Brasil a novo nível de insanidade.

Impelida às últimas consequências, ela sugere que Dilma poderia ter bancado uma reação armada à sua deposição, com base em normas jurídicas. Fora de controle, Glieisi parece encantada com o fato de estar a presidir o partido que durante pouco mais de treze anos dedicou-se ao banditismo político, como mostram as investigações da Operação Lava-Jato. É preciso que alguém contenha essa senhora, antes que o pior aconteça.

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