Putin ordena redução de diplomatas dos EUA e mostra que política externa de Trump é ridícula

Em resposta às novas sanções contra Moscou, aprovadas pelo Congresso norte-americano, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que 755 funcionários da embaixada e dos consulados dos Estados Unidos na Rússia deverão encerrar suas atividades no dia 1º de setembro.

“Mais de mil funcionários, entre diplomatas e pessoal técnico, trabalhavam e ainda trabalham na Rússia [para a embaixada dos EUA]. Agora 755 deverão encerrar suas atividades”, disse Putin em entrevista à emissora estatal Rossia.

Moscou exigiu na última sexta-feira (28) que Washington reduzisse sua representação para 445 funcionários, mesmo número de trabalhadores nas embaixadas da Rússia nos EUA. O Ministério russo do Exterior anunciou também que a embaixada norte-americana não poderá utilizar alguns armazéns na capital e nem a mansão que dispõe em Serebrianyi Bor, área nobre nos arredores de Moscou.

Na entrevista, Putin disse que a Rússia tem um grande espectro de possibilidades para responder ao último pacote de sanções aprovadas pelo Congresso americano. “Temos muito a dizer e fazer em muitos âmbitos de cooperação bilateral [com medidas] que prejudicariam os EUA. Mas não acredito que devamos fazê-lo. Atualmente, sou contra”, alertou, acrescentando, porém, que pode vir a adotar essas medidas.


“A parte americana, sem razão alguma, deu um passo para piorar as relações”, afirmou o presidente ao comentar a situação entre os dois países, cujas relações foram estremecidas durante o governo do ex-presidente Barack Obama.

As novas sanções impostas pelo governo dos EUA são uma resposta à suposta interferência de Moscou na eleição de 2016, bem como à anexação da Crimeia pelo país em 2014. Aprovado com apoio de republicanos e democratas, o pacote também inclui sanções à Coreia do Norte e ao Irã.

Apesar de manifestar oposição à medida, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinará o novo pacote de sanções contra a Rússia, que entre outras medidas, ameaça castigar as empresas de países terceiros que invistam na construção ou manutenção das infraestruturas russas para o transporte de hidrocarbonetos.

Caso seja aplicada, essa medida prejudicaria várias empresas da União Europeia, que atuam, inclusivamente com capital acionista, em gasodutos que unem a Rússia com os países europeus. (Com agências internacionais)

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