Não somos inimigos da Coreia do Norte, diz secretário de Estado dos EUA; só falta combinar com Trump

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou, nesta terça-feira (01), que os Estados Unidos buscam um diálogo com a Coreia do Norte, mas com a condição de que o regime de Pyongyang renuncie às armas nucleares.

“Não somos seu inimigo, mas estamos sendo ameaçados de maneira inaceitável e teremos que responder”, disse Tillerson. O secretário acrescentou que espera que o regime norte-coreano entenda isso e para que um diálogo seja iniciado.

As declarações foram feitas durante a coletiva de imprensa do balanço dos primeiros seis meses de Tillerson no cargo de chefe da diplomacia americana. O secretário disse que a Coreia do Norte é um dos principais desafios externos se colocam aos EUA.


“Reafirmamos a nossa posição em relação à Coreia do Norte, não procuramos uma mudança de regime, nem a sua queda. Não procuramos uma reunificação acelerada da península [coreana]”, acrescentou Tillerson. “Os EUA não estão procurando uma desculpa para enviar militares ao norte do paralelo 38”, ressaltou.

O secretário pediu ainda que a China use a sua influência sobre Pyongyang para criar as condições para um diálogo produtivo. “Não achamos que ter um diálogo em que os norte-coreanos chegam à mesa assumindo que vão manter as suas armas nucleares seja produtivo”, afirmou Tillerson.

Desde 2006, a Coreia do Norte já realizou cinco testes atômicos, dois deles só no ano passado. Devido aos testes armamentistas, o país enfrenta várias sanções internacionais.

A relação entre EUA e Coreia do Norte se acirrou com os frequentes testes de mísseis realizados por Pyongyang. Os lançamentos levaram Washington a ameaçar ataques preventivos contra a Coreia do Norte. (Com agências internacionais)

apoio_04