Enquanto ataca Temer no plenário da Câmara, o falso moralista PT impede instalação da CPMI da JBS

“Nunca antes na história deste país” viu-se tanta hipocrisia na política. Nesta quarta-feira (2), no plenário da Câmara dos Deputados, petistas e parlamentares de outras legendas esquerdistas protagonizaram nauseante espetáculo de incoerência durante a discussão da denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Como se fossem a última reserva de moralidade pública, petistas revezaram-se ao microfone para destilar sandices embaladas pelo falso moralismo. Ignorando o fato de que o partido foi responsável pelo período mais corrupto da história nacional, deputados do PT rasgaram o verbo contra o presidente da República apenas porque desejam vingar o impeachment de Dilma Rousseff.

Para o infortúnio da nação, a política brasileira é movida pela corrupção, o que não invalida as raras e honrosas exceções. É difícil pensar, no curto prazo, em dissociar a política da corrupção, uma vez que esse método enraizou-se na vida do País. Livrar-se dessa chaga que corrói a dignidade do cidadão é um desafio que exige perseverança e tempo de sobra, pois não será da noite para o dia que o cenário mudará. Por isso é importante que nenhum brasileiro se deixe levar por discursos tão moralistas quanto oportunistas.

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Enquanto aponta a insana verborragia na direção de Michel Temer – que não chegou ao posto por ser um poço de inocência –, os petistas fingem esquecer que o partido tenta de todas as maneiras impedir o funcionamento da CPMI da JBS. O PT, assim como o PMDB, não indicou os membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar os crimes cometidos pelos irmãos Joesley e Wesley Batista no escopo do BNDES, que concedeu ao grupo empréstimos em condições questionáveis e na esteira de pagamento de propinas milionárias.

Esse comportamento do PT mostra que a legenda teme o direcionamento do foco das investigações para Lula e Dilma Rousseff, citados na delação de Joesley Batista como beneficiários de propinas no valor de US$ 150 milhões, montante depositado em conta bancária no exterior e gerenciado pelo dono do Grupo J&F. Lula e Dilma não têm como fugir à responsabilidade, mas usam o palavrório fácil e irresponsável para distorcer a verdade. Cantilena que é repetida de forma obediente pelos “companheiros” Brasil afora.

Sabem os brasileiros de bem que exigir coerência dos políticos nacionais é tarefa hercúlea, talvez seja missão impossível, mas não se pode aceitar esse tipo de discurso embusteiro e covarde pelo fato de o PT sonhar com o retorno ao poder central para finalizar o estrago que levou o Brasil à sua mais grave crise em todos os tempos.

Trocando as letras, para os petistas e seus “camaradas” da esquerda a denúncia feita pelos executivos da JBS são extremamente graves, desde que na mira das investigações esteja apenas o presidente Michel Temer. Se o foco for Lula e Dilma, a delação dos irmãos Batista é uma narrativa trôpega.