“Estácio, Holly Estácio” amanheceu triste com a morte do filho pródigo Luiz Melodia, aos 66 anos, no Rio

O cantor e compositor Luiz Carlos dos Santos, o Luiz Melodia, morreu na madrugada desta sexta-feira (4), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Melodia estava internado no hospital Quinta D’Or, onde lutava contra um câncer na medula óssea. O músico submeteu-se a transplante de medula, mas não resistiu aos efeitos colaterais da quimioterapia.

Desde julho de 2016, Melodia tratava de uma doença autoimune e também no ano passado sofreu um leve de Acidente Vascular Cerebral (AVC), ocasião em que foi hospitalizado.

Carioca da gema, Luiz Melodia nasceu em 7 de janeiro de 1951 no Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, berço do samba. Dos programas de calouros às festas de aniversário, Melodia ingressou na seara romântica das canções, caminho que com o aprimoramento lhe rendeu sucesso e reconhecimento ao longo dos anos, a ponto de ser um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira.


No rastro do movimento conhecido como Tropicália, Melodia conheceu, no início da década de 70, o poeta Waly Salomão, que por sua vez apresentou o músico carioca a Gilberto Gil e Caetano Veloso.

O pulo na carreira surgiu com “Estácio Holly Estácio”, música gravada por Gal Costa em 1972, ano em que Melodia também participou do show “A Fina Flor do Samba”. No ano seguinte, o músico lança o disco “Pérola Negra”.

Dono de voz aveludada, assim como era sua presença no palco, Luiz Melodia gravou os seguintes discos: Maravilhas Contemporâneas (1976), Mico de Circo (1979), Nós (1980), Claro (1987), Pintando o Sete (1991), 14 Quilates (1997), Retrato do artista quando coisa (2001) e Zerima (2014).

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