Grupo da Vênus Platinada insiste em torpedear Temer e agora aposta em fotos das malas endinheiradas

Para muitos pode parecer implicância de nossa parte, mas a comprovação dos fatos mostra que o grupo de comunicação liderado pela Vênus Platinada está decidido a derrubar o presidente Michel Temer a qualquer preço. E para tanto não hesita em apelar ao jornalismo de lupanar para tentar alcançar seus objetivos.

Depois de semanas patrocinando ataques a Temer por meio de editoriais tão rasteiros quanto pomposos e pasteurizando o jornalismo do grupo com pauta contra o Palácio do Planalto, o grupo da família Marinho coloca nas bancas de jornais de todo o País uma edição da revista Época com reportagem sobre as fotos da mala com dinheiro entregues a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, e a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador Aécio Neves.

Ao UCHO.INFO não cabe o papel de defender esse ou aquele político, como sempre afirmamos, mas é nossa responsabilidade manter os leitores informados com base na verdade e na análise mais balizada. Beira a sandice uma reportagem que traz imagens de malas com dinheiro, como se esses “apetrechos dourados” fossem provas incontestáveis de esquemas de corrupção. Para infelicidade geral da nação, política em terras verde-louras não se faz de outra maneira, mas alcança as franjas da leviandade insinuação que consta da reportagem.

Mesmo que as tais fotos tenham sido registradas por autoridades durante o que convencionou-se chamar de “operação monitorada”, os investigadores, no caso de Rocha Loures, proporcionaram um espetáculo de incompetência. Alguém há de nos contestar por conta de mais uma crítica, mas não fazemos jornalismo de encomenda, assim como não tergiversamos diante dos fatos.

Policiais federais e procuradores participam de uma operação monitorada, envolvendo entrega de uma mala com R$ 500 mil em propina, sem o uso de um dispositivo que permitisse rastrear a mesma? Tentam provar um crime de corrupção sem anotar os números das cédulas de dinheiro usadas no pagamento da propina? Se não for amadorismo em último grau, por certo é missa encomendada.

Como se esses tropeços não bastassem, agentes federais que acompanhavam à distância a ida de Rocha Loures a uma conhecida pizzaria paulistana, onde ocorreu a entrega da tal mala, conseguiram perder de vista o táxi em que estava o outrora assessor presidencial. Ou seja, a perseguição deu em nada. Se os policiais federais que participaram da operação não sabem, uma perseguição desse naipe se faz com várias viaturas descaracterizadas, sendo que cada uma entra em cena no momento adequado para não colocar em risco a perseguição e não despertar a desconfiança do perseguido.


É importante frisar que o episódio da mala dos sonhos só escapou de ser um conto da carochinha porque Rodrigo Rocha Loures preferiu devolver o dinheiro. Não fosse essa decisão, seria a palavra do corruptor contra a palavra do corrupto. Bastava Loures declarar que a mala não continha dinheiro, mas documentos.

O UCHO.INFO expôs a renomados criminalistas essa linha de raciocínio e todos concordaram que a tese é lógica e tem respaldo jurídico. (O mesmo vale em relação ao primo de Aécio Neves, pois se o assessor do senador Zezé Perrella, que levou a propina a Belo Horizonte, não tivesse devolvido o dinheiro, as autoridades passariam recibo de incompetência)

Para reforçar o que mais parece enredo de um filme de espião de circo, os procuradores acreditaram que a propina supostamente destinada ao presidente da República seria paga semanalmente e ao longo de vinte anos, tudo no melhor estilo crediário do crime.

Considerando que Michel Temer está prestes a completar 77 anos e a expectativa média de vida do brasileiro é de 75 anos, o corruptor teria de assumir o compromisso de, em dado momento, levar as parcelas finais da mencionada propina no cemitério, deixando ao pé da cova do defunto corrupto, ou entregar nas mãos da viúva. Em suma, nem mesmo o mais criativo dos humoristas do planeta seria capaz de roteiro tão ridículo.

Quem conhece Rodrigo Rocha Loures sabe da sua pouca capacidade para assumir papel de tanta responsabilidade, como o de assessor especial da Presidência. Por outro lado, quem conhece Temer sabe que o presidente jamais teria Loures como pessoa de confiança.

Flanando nos céus da política à sombra da fortuna da família, construída a partir de bem sucedida empresa de alimentos, Loures costumava pegar carona em situações que eventualmente poderia lhe render visibilidade e algum dividendo nesse meio. Em outras palavras, com direito à analogia sonora, é muito barulho para pouco tambor.

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