Com a reforma previdenciária na fila de espera, políticos querem aprovar fundo bilionário para campanhas

Virada a página da votação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o governo se prepara para mais uma dura e exaustiva batalha: a aprovação da reforma da Previdência. Necessária para que o País alcance o equilíbrio fiscal, a reforma previdenciária é um tema impopular e que tem servido para alimentar a porção colérica da oposição, que depois da queda de Dilma Rousseff luta desesperadamente para sobreviver politicamente.

Quando Dilma ainda estava presidente, patrocinando pedaladas fiscais, seus defensores e aduladores, quase todos esquerdistas, diziam que a oposição de então (agora no poder) apostava no “quanto pior, melhor”, como se criticar uma política econômica desastrosa e condenar a corrupção fossem pecados.

Agora, vociferando discursos antagônicos às medidas de então, a esquerda trabalha incessantemente para inviabilizar o governo de Michel Temer, apenas porque é preciso vingar o impeachment da companheira Dilma e tentar salvar Lula da prisão com um novo mandato eletivo, algo que pode não acontecer por conta da condenação no âmbito da Operação Lava-Jato.


De tal forma, a aprovação da reforma da Previdência continua na seara da incógnita, uma vez que, além da vingança esquerdista, há no Congresso Nacional um movimento declarado por parte de parlamentares oposicionistas para inviabilizar o governo, única maneira de manter o discurso com foco nas eleições do próximo ano.

Como se isso não bastasse, parte da classe política trabalha no Parlamento em busca da aprovação da reforma política, que na verdade não passa de reforma eleitoral para atender legendas e políticos que ao longo dos últimos anos se acostumaram a financiar campanhas com dinheiro da corrupção.

No momento em que o País tenta sair da crise – algo que ainda exigirá muito esforço e paciência dos brasileiros de bem –, políticos oportunistas tentam não apenas estabelecer regras eleitorais que garantam a manutenção do criminoso status quo, mas a criação de um fundo público para o financiamento de campanhas no valor de R$ 3,5 bilhões. Em suma, um absurdo sem precedentes na história brasileira.

É preciso que a população esteja atenta a essa manobra rasteira e covarde, pois é inaceitável que políticos necessitem do suado dinheiro do contribuinte para, uma vez eleitos, mergulhar no mar da corrupção. Até porque, a Operação Lava-Jato não eliminou a corrupção da vida nacional, já que o Brasil continua na condição de paraíso do faz de conta.

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