Efeitos da tragédia petista na economia perdem força e Brasil gera 35,9 mil postos de trabalho em julho

O que era um movimento em queda livre no despenhadeiro não chegou a inverter a mão, mas pode-se dizer que o mesmo foi interrompido, pelo menos aparentemente. Eis a tradução do que acontece no mercado de trabalho, que, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em julho gerou 35,9 mil novos empregos com carteira assinada, no quarto mês consecutivo de alta. Esse número é fruto de 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões. Em suma, não se pode comemorar esse resultado à exaustão, mas é possível começar a enxugar as lágrimas.

A expectativa dos economistas era de geração de 30 mil novas vagas de trabalho, mas a economia começa a dar sinais de reação, com a promessa de que esse movimento continue no mesmo ritmo nos próximos meses, o que é um bom sinal. “Com certeza, em agosto teremos números melhores que julho”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante coletiva de imprensa na qual foram apresentados os dados do Caged.

Em junho deste ano, 9.821 vagas foram abertas, ao passo que em julho de 2016 o País perdeu de 94,7 mil postos de trabalho. Em suma, não se pode comemorar à exaustão, mas é possível começar a enxugar as lágrimas.


É importante ressaltar que o contingente de mais de 13 milhões de desempregados ainda preocupa e assusta, mas tal cenário só entrará em rota de recuo com a retomada do crescimento econômico, que depende do controle das contas públicas e da volta da confiança dos investidores. Isso significa que a classe política tem a obrigação de aprovar medidas que favoreçam o equilíbrio fiscal, sem o qual o Brasil permanecerá no atoleiro da crise.

A reforma da Previdência, que vem sofrendo a resistência de deputados e senadores pelo fato de faltar pouco mais de um ano para as eleições de 2018, é tão urgente quanto necessária. O brasileiro precisa compreender que o PT, o mesmo que hoje está na oposição raivosa a destilar promessas milagrosas e absurdas, é responsável pela tragédia que se abateu sobre a economia nacional, sendo que no momento todos os cidadãos terão de fazer algum esforço para que o País consiga enxergar o futuro com menos dificuldades.

Não se pode fechar os olhos para a dificuldade que representam as mudanças nas regras previdenciárias, mas é preciso reconhecer que somente os brasileiros serão capazes de tirar o Brasil da vala da crise e garantir uma nação minimamente digna e justa às próximas gerações.

Enquanto anunciam que a reforma da Previdência não será votada nas próximas semanas, como esperava o Palácio do Planalto, parlamentares se movimentam para aprovar a reforma política, que na verdade é eleitoral, e criar com dinheiro público um fundo de R$ 3,5 bilhões para financiar eleições.

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