Prévia do PIB mostra que economia cresceu 0,25% no 2º trimestre, mas Meirelles mantém cautela

A atividade econômica registrou crescimento no segundo trimestre deste ano, segundo o Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou crescimento de 0,25% no segundo trimestre, comparado com o período de janeiro a março deste ano.

No primeiro trimestre, de acordo com dados atualizados pela instituição, a economia nacional cresceu mais, chegando a 1,22%. Em relação ao segundo trimestre de 2016, houve queda de 0,22%, segundo os dados sem ajustes, já que a comparação é feita entre períodos iguais. Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 0,5% na comparação com maio (dado dessazonalizado).

O IBC-Br avalia a evolução da atividade econômica brasileira e auxilia o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juro, a Selic, que atualmente está em 9,25%, podendo encerrar o ano em patamar ao redor de 8,5%.

Caso essa previsão dos economistas se confirme, o custo da dívida pública brasileira será menor, mas é preciso recuperar o nível de emprego para que recursos que deveriam ir para o consumo acabem na poupança, já que o juro básico da economia em queda esse tipo de investimento tornou-se atrativo.


O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Contudo, o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou o resultado do IBC-Br relativo ao segundo trimestre, mas não afastou a possibilidade de retração do PIB no período, conforme projeção de parte dos analistas do mercado financeiro.

“Independentemente de ser pouco acima de zero, zero, ou um pouco abaixo, o índice do Banco Central já mostrou um crescimento forte”, disse Meirelles, para quem a economia já está em processo de recuperação e que o País “já voltou a crescer”.

Impulsionada pelo agronegócio, a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, após oito quedas trimestrais consecutivas. Contudo, o desempenho do campo não será o mesmo no segundo trimestre. Apesar da melhora nos números da indústria, comércio e serviços, analistas econômicos ressaltam que o consumo das famílias caiu e os investimentos por parte do governo continuam fracos, dificultando uma recuperação mais consistente do PIB.

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