Atolada na lama da corrupção, Gleisi diz estar preparando “um projeto de desenvolvimento para o Brasil”

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, citada nas planilhas de propina das empreiteiras do Petrolão sob o sugestivo codinome “Amante”, assunto que rendeu constrangimentos no sei familiar, continua abusando da dissimulação.

Correndo o risco de desfrutar alguns anos de cárcere, na companhia do seu mentor, o alarife Lula, a senadora petista anuncia pomposamente, em artigo assinado, que está preparando um “projeto de desenvolvimento para o Brasil”, como se tivesse competência para tanto.

Ignorando a ladroagem sistêmica que seu partido comandou durante mais de uma década, do qual, segundo delatores da Lava-Jato e de outras operações da Polícia Federal, a parlamentar paranaense foi coadjuvante, Gleisi convida a população para participar do mencionado projeto que, acredita, será colocado em prática quando o petismo, com todo o seu cortejo de horrores, retornar ao poder central.

“Os diretórios do PT espalhados pelo Brasil vão estimular seus militantes a promover uma agenda intensa de debates para ampliar o processo de participação popular. Também intelectuais e especialistas em políticas públicas participarão do processo. A expectativa é que a iniciativa permita apresentar um panorama crítico da situação atual, com soluções para reverter os retrocessos impostos ao país desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff”, destaca Gleisi com sua conhecida desfaçatez.

Esquecendo que o PT está marcado definitivamente pelo seu envolvimento no maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, Gleisi delira com a sugestão de que a ‘história’ do partido a credencia a alguma coisa que não a uma temporada prolongada na cadeia.

“O desafio é imenso, mas pode ser facilitado pela história do PT em ouvir a população. De todas as experiências desenvolvidas ao longo de nossos 37 anos, uma das que mais nos orgulha é o Orçamento Participativo, um programa iniciado na gestão petista de Olívio Dutra em Porto Alegre, em 1989”, ressalta a senadora em seu artigo publicado em portais esquerdistas.

Em vez de apelar aos devaneios como forma de sobreviver politicamente e salvar o partido, Gleisi Helena deveria se imbuir de coragem e explicar aos brasileiros a decisão de guindar ao cargo de assessor especial da Casa Civil um pedófilo conhecido no Paraná e condenado a mais de cem anos de prisão. Eduardo Gaievski, o monstro da Casa Civil, foi incumbido pela então ministra Gleisi Hoffmann de cuidar dos programas federais destinados a crianças e adolescentes. Tudo no melhor estilo “o urso e o pote de mel”.

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