Leucemia Aguda: denunciado pelo UCHO.INFO, escândalo de compra de medicamento é barrado pela Justiça

Em 18 de janeiro deste ano, o UCHO.INFO noticiou, com absoluta exclusividade, que o governo Michel Temer corria o sério risco de enfrentar um escândalo na área da saúde por conta de um medicamento usado no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), doença que afeta perto de 5 mil crianças em todo o País.

A denúncia causou considerável reboliço no Ministério da Saúde, sendo que o ministro da pasta, Ricardo Barros, teria disparado impropérios ao editor deste portal durante reuniões com assessores. O medicamento Leuginase, adquirido pelo governo brasileiro e produzido por um laboratório chinês (Beijing SL Pharmaceutical), chegou à rede pública de saúde por intermédio de um negócio canhestro envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa uruguaia Xetley S.A, que não tem sede no país sul-americano, mas funciona em um escritório de contabilidade a Grande São Paulo.

Por ocasião da denúncia, que revelou mais um grande escândalo na área da saúde, o UCHO.INFO alertou para o perigo de o País enfrentar um cenário semelhante ao que envolveu o Laboratório Labogen, que tinha o doleiro Alberto Youssef como sócio e foi investigado na Operação Lava-Jato.

No domingo (24), o juiz federal Rolando Valcir Spanholo, de Brasília, em decisão liminar, proibiu a compra do medicamento chinês Leuginase e a utilização do mesmo em toda a rede de saúde pública sob a responsabilidade do SUS.

O medicamento chinês não teve a eficácia comprovada, pois não foi submetido a testes em humanos, mas o Ministério da Saúde, seguindo ordens do ministro Ricardo Barros (PP-PR), continuou com o negócio, mesmo que vidas de milhares de crianças estivessem em risco.

A pasta alegou que a compra do Leuginase foi mantida por causa da economia proporcionada aos cofres públicos, já que o medicamento de referência – produzido no Japão, Alemanha e Estados Unidos e cuja eficácia é largamente comprovada – custa US$ 173, contra US$ 38do similar chinês.


Ameaças ao editor

Em março passado, mais de dois meses após a denúncia do UCHO.INFO, o enfadonho e dominical Fantástico, da Rede Globo, exibiu reportagem sobre o escândalo, como se a matéria em questão fosse um furo de reportagem. Procedimento comum para uma emissora que continua acreditando ser dona do Brasil.

Após a denúncia, o editor deste noticioso foi ameaçado por pessoa supostamente envolvida no escândalo. As ameaças eram rasteiras e denotavam o desespero de alguém que intentava levar adiante mais um truque milionário a ser financiado pelo suado dinheiro do contribuinte.

Sabem os leitores que este noticioso não faz jornalismo de encomenda nem se deixa intimidar por criminosos que tentam fazer do Brasil o paraíso da impunidade. A esses proxenetas que gravitam na órbita do poder público deixamos um recado: pensem duas vezes antes de fazerem negócios que lesam a nação e seus cidadãos. Ameaças veladas, eivadas pelo desespero, mostram que estamos no caminho certo. E não descansaremos enquanto a pessoa responsável não for devidamente punida de acordo com o que determina a legislação.

As ameaças ao editor são investigadas por autoridades policiais, que receberam cópia das mensagens e já estão em fase avançada no processo de identificação da pessoa. O desespero do autor das ameaças com a matéria do UCHO.INFO era tamanho, que o link da reportagem foi postado na mensagem criminosa, como é possível conferir nas imagens abaixo.

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