Aumento de empregos em outubro foi puxado por comércio, indústria e serviços, aponta o Caged

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o aumento do número de empregos formais em outubro foi puxado pelos setores de comércio, indústria de transformação e serviços. Segundo o levantamento, divulgado na segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, 76.599 vagas foram criadas no mês passado, no melhor resultado do ano até agora.

O comércio foi o setor que mais cresceu no último mês, com 37.321 novos empregos formais, dos quais 30.187 no setor varejista. A indústria de transformação teve o segundo melhor desempenho, com 33,2 mil novos postos de trabalho, principalmente pelo desempenho da indústria de produtos alimentícios, que abriu 20.565 vagas. Já o setor de serviços criou 15.915 vagas de emprego formal em outubro.

No acumulado do ano, o saldo de empregos chega a 302.189 novas vagas, crescimento de 0,79% em relação ao mesmo período de 2016. Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, os resultados de outubro do Caged indicam consolidação da recuperação econômica. “Mostra que as políticas adotadas pelo governo estavam corretas”, destacou.


Reforma trabalhista

Segundo Nogueira, a entrada em vigor da nova legislação trabalhista vai influir positivamente no mercado de trabalho formal do país. “Em que pese os 45 milhões de trabalhadores na informalidade, nós temos a convicção de que só os contratos nas novas modalidades, como a jornada parcial, jornada de trabalho intermitente e teletrabalho, teremos mais 2 milhões de empregos novos.”

De acordo com o ministro, os empregos com jornada intermitente, por exemplo, devem surgir em setores de serviço como bares e restaurantes e de Tecnologia da Informação (TI).

Em relação à contagem dos empregos formais com jornada intermitente, uma vez que o trabalhador poderá ter mais de um contrato, Nogueira disse que a regra será “um trabalhador, uma vaga [computada pelo Caged]”.

Para se adaptar às novas modalidades de contratação, o sistema de dados do Caged passará a incluir informações sobre salário/hora/atividade.

Nogueira reconheceu que o trabalhador intermitente ainda não pode ser contado na série histórica do Caged, e disse que, em dezembro, quando forem incluídas as modalidades criadas pela nova lei trabalhista, a divulgação dos números do cadastro será feita separadamente. (Com ABr)

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