Ao desistir de concorrer à Presidência, Huck foi prudente e livrou-se do banditismo das disputas políticas

O apresentador Luciano Huck foi lúcido e responsável ao desistir de concorrer à Presidência da República, confirmando matéria do UCHO.INFO que sugeriu o abandono do projeto de participar da corrida ao Palácio do Planalto.

Empresário de sucesso e considerado uma das celebridades da televisão brasileira, Huck poderia colocar tudo a perder se, eventualmente eleito, tivesse de governar o País dependendo de um Congresso Nacional que manterá o status quo. Ou seja, Luciano ficaria nas mãos de parlamentares fisiologistas e adeptos do banditismo político.

Não obstante, Luciano Huck não foi talhado para essa empreitada, que oferece jogo bruto e rasteiro, típico de gangsteres, aos que se arriscam nessa seara. Sem ter o que provar a quem quer que seja, Huck exporia de forma desnecessária a família, fazendo com que cada um tivesse de pagar um preço altíssimo decorrente da covardia que domina a política nacional.


O melhor exemplo dos efeitos colaterais desse ambiente frequentado por delinquentes da política nacional foi a recente fala de Lula sobre o apresentador. “Tudo o que eu quero na vida é disputar com alguém com o logotipo da Globo na testa”, declarou Lula após a divulgação do resultado do Barômetro Político Estadão-Ipsos, em que 60% dos entrevistados aprovam o nome de Luciano Huck como candidato presidencial.

Ademais, a sua relação com o amigo e sócio Alexandre Accioly seria explorada ao máximo durante a corrida presidencial. Sócio de Luciano Huck na rede de academias de ginástica Body Tech, Accioly é amigo íntimo e parceiro de noitadas do enrolado senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Além disso, há dias Alexandre Accioly foi alçado à mira da Polícia Federal por, segundo os investigadores, fazer parte do esquema criminoso do ex-governador Sérgio Cabral Filho, preso na Operação Calicute e já condenado a 72 anos de prisão.

É preciso reconhecer a grandeza contida no desejo de Huck de tentar colocar o Brasil nos eixos, mas, como afirmamos em matéria recente, o melhor é continuar desfrutando os dividendos daquilo que ele sabe fazer de melhor, assim com a apresentadora Angélica, que também teria de deixar a televisão caso o marido fosse candidato à Presidência.

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