Indigente intelectual e xenófobo, Donald Trump publica vídeos antimuçulmanos em rede social

Que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sofre de indigência intelectual todos sabem, mas sua estupidez chega a ser uma afronta ao bom senso.

Sem ter mostrado a que veio e vivendo de fanfarronices nas redes sociais, Trump publicou no Twitter, entre terça (28) e quarta-feira (29), três vídeos antimuçulmanos, originalmente foram postados por liderança de um partido britânico de extrema-direita. A primeira-ministra britânica, Theresa May, repudiou a atitude do presidente americano.

Um dos vídeos mostra o que seria um grupo de militantes islâmicos matando um homem. Outro exibe um suposto imigrante muçulmano agredindo um rapaz holandês de muletas. O terceiro vídeo mostra um homem que seria muçulmano destruindo uma imagem de Nossa Senhora.

Os três vídeos foram originalmente postados por Jayda Fransen, vice-líder do movimento ultranacionalista britânico Britain First. A radical britânica publicou os vídeos e informou que recebeu os arquivos em sua página na rede social de fontes distintas. Ou seja, Fransen sequer se preocupou com a autenticidade, pois a xenofobia é dona do seu pensamento. Ademais, mesmo que os vídeos fossem autênticos, a publicação dos mesmos é uma generalização covarde em relação aos muçulmanos.


Jayda Fransen, assim como o chefe do grupo, foi detida em setembro e acusada de causar assédio religioso agravado devido à distribuição de panfletos e à publicação de vídeos na internet durante o julgamento de um caso envolvendo vários homens muçulmanos acusados, e mais tarde condenados, por estupro.

“Os britânicos rejeitam unanimemente a retórica tendenciosa da extrema-direita, que é a antítese dos valores que este país representa: decência, tolerância e respeito. O presidente cometeu um erro”, disse o porta-voz da primeira-ministra Theresa May.

Como candidato, o apasquinado Donald Trump defendeu “um veto muçulmano”, mas na condição de presidente dos EUA emitiu ordens executivas proibindo a entrada de cidadãos de alguns países de maioria islâmica, embora a Justiça tenha parcialmente bloqueado a vigência das absurdas decisões.

Trump toma atitudes bizarras porque precisa dar satisfação a um eleitorado movido por intolerância e ódio, mas finge ignorar que o risco maior em relação a possíveis atentados terroristas está entre os americanos. O presidente dos EUA deveria cuidar do próprio país, porém prefere agir como um fanfarrão delinquente que não pode ser contrariado.

Não obstante, o presidente americano continua se rendendo à Arábia Saudita, cujos mandatários seguem o wahabismo, corrente ultrarradical do Islã e base ideológica do grupo terrorista “Estado Islâmico”. Aliás, o governo de Riad financia vários grupos terroristas que se escondem debaixo da religião.

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