Em campanha, o dissimulado Lula abusa da bazófia e diz que “ladrão ter que ir para a cadeia”

Verdadeiro animal político quando a ordem é ludibriar a parcela incuta da opinião pública, Lula usa a dissimulação como propulsora de sua conhecida mitomania. Nesta terça-feira (5), em mais uma de suas andanças pelo País, desta vez no Espírito Santo, o ex-metalúrgico voltou a desafiar a Justiça a apresentar provas de que ele seja corrupto.

Em visita ao Instituto Federal do Espírito Santo, Lula disse que é alvo de mentiras disseminadas pela internet e aproveitou a oportunidade para lembrar medidas de combate à corrupção adotadas nos governos do PT, como se o partido não fosse responsável pelo maior esquema de corrupção da história da Humanidade.

“Vocês sabem que eu tenho nove processos. Nove. E posso dizer para vocês de cátedra que o processo contra o Lula é o processo contra as coisas que nós fizemos no governo. Eu não vou entrar em detalhe, mas estou desafiando o Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal a apresentarem um centavo que eu cometi algum deslize nesse País”, disse o ex-presidente.

Lula voltou a ressaltar a importância dos órgãos de controle criados nas gestões petistas. “Ninguém prendeu mais servidor público do que nós. Ninguém deu mais independência para o Ministério Público e fez mais investimento na inteligência da Polícia Federal do que nós. Quem aperfeiçoou o Coaf (Conselho de Controle de Aplicações Financeiras) e criou a Controladoria-Geral da República fomos nós. Porque na nossa opinião ladrão tem que ir para a cadeia”, afirmou.

O ex-presidente, que está em campanha antecipada para tentar retornar ao Palácio do Planalto, abusou da vitimização ao afirmar que o objetivo das ações penais a que responde é impedir sua participação na corrida presidencial do próximo ano.


“Acho que eles estão tentando encontrar um jeito de evitar que eu seja candidato quando seria muito mais honesto, muito mais decente, eles me derrotarem. Já perdi em 89, 94 e 98. Se eles estão preocupados comigo, se juntem e me derrotem. Mas com mentiras eles não me tirarão do páreo”, declarou Lula.

Sobre a ação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão no seu apartamento, em São Bernardo do Campo, Lula disparou: “Entraram na minha casa, cada um deles entrou com uma máquina pendurada no pescoço, e não encontraram nada. Ao não constatar nada deveriam ter a decência de pedir desculpas. Quando eles encontram fazem um carnaval, quando não encontram fazem silêncio”.

“Não sei se eles estão acostumados a lidar com político que tem medo, que fica com o rabo entre as pernas. Pois bem, eles resolveram brigar comigo e eu resolvi enfrentá-los em nome da minha honra e da minha decência”, emendou.

Assim como qualquer cidadão, Lula tem garantido o direito constitucional da livre manifestação do pensamento, mas querer capitalizar politicamente a partir dos escândalos de corrupção em que se envolveu é um ato de deboche.

Até o momento, as ações penais que têm o petista como réu transcorreram dentro da normalidade e do que determina a legislação. Como as condenações são inevitáveis, o alarife começa a usar esse cenário a seu favor, fingindo ser vítima de perseguição política e de caçada judicial.

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