Ministro da Defesa defende permanência das Forças Armadas no Rio de Janeiro após 2018

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu nesta terça-feira (12) a continuidade das ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro após o fim do governo Temer. Jungmann disse ter “absoluta certeza” de que as operações integradas continuarão até o fim de 2018.

“Tenho absoluta certeza de que ficaremos aqui até o dia 31 de dezembro de 2018. E posso dizer que minha expectativa é que, seja quem for, o próximo presidente mantenha isso”, afirmou. “No que diz respeito ao governo Temer, nós não sairemos daqui antes de 2019. Não há nenhuma sombra de dúvida, nem a mais remota possibilidade de que isso venha a acontecer”, completou.

O ministro participou de mesa-redonda com autoridades e especialistas que discutiram a segurança pública no Rio de Janeiro. Um dos participantes foi o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá. O evento, na Escola Superior de Guerra, foi fechado à imprensa, mas Jungmann respondeu a perguntas de jornalistas que o aguardavam.

Raul Jungmann considera importante que as ações integradas continuem enquanto durar a situação de crise na segurança pública do Rio de Janeiro. Desde julho, as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal realizam operações em conjunto com a Polícia Civil e a Polícia Militar, no combate ao crime organizado.

“O Rio de Janeiro vive um nível crítico de insegurança. E, em segundo lugar, o Rio de Janeiro representa para os brasileiros, e também no exterior, a imagem do Brasil. É importante que se resolva e se demonstre a capacidade de resolver essa questão”, disse o titular da Defesa. “Enquanto durar essa crise, temos que apoiar o Rio de Janeiro e ajudá-lo a resolver esse problema, porque, no restante, o Rio de Janeiro caminha com as próprias pernas.”


O ministro informou que a mesa-redonda foi uma reflexão sobre as operações já realizadas. Segundo Jungmann, na reunião, foram também apresentadas sugestões de políticas de segurança, entre as quais a pactuação de uma matriz de responsabilidade para a segurança pública e a criação de um fundo permanente para área.

Em um balanço, os participantes da reunião defenderam a necessidade de maior integração entre os diversos setores do sistema de segurança pública. “É preciso ainda integrar mais, sobretudo na área de inteligência” disse o ministro, que enfatizou a necessidade de acertar os salários dos servidores da segurança pública.

“É muito importante para a atuação das polícias que se tenha a colocação em dia dos seus salários. Que a gente possa voltar a pagar RAS [horas extras], pagar por desempenho em cima de metas. Isso tem um efeito imediato sobre o rendimento das polícias, que é central nessa questão”, afirmou o ministro da Defesa, que citou resultados das operações integradas a prisão de criminosos como Rogério 157, a apreensão de armas e a redução do roubo de cargas.

Outros pontos levantados na reunião foram a defesa de mudanças na legislação e a necessidade de integração com países vizinhos, para aumentar o controle sobre as fronteiras. “O crime organizado, hoje, não atua só no espaço nacional. Ele é transnacional. Então, ou você tem a participação e a convergência dos outros países em seu sistema de inteligência e defesa, ou só no espaço nacional, não é possível dar conta disso”, enfatizou Jungmann.

O ministro ressaltou ainda necessidade de mobilização da sociedade para cobrar mais recursos para polícias e mudanças legislativas. “É preciso que as igrejas, associações, os sindicatos, o empresariado realmente se mobilizem no sentido de cobrar de todos nós.” (Com ABr)

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