Febre amarela: senhas para vacinação são vendidas a R$ 500 em SP, enquanto Doria apela à inovação

No afã de inovar, a prefeitura de São Paulo vem cometendo equívocos que podem ser classificados como infantis. No caso da vacinação contra a febre amarela, que vem causando pânico e confusão na capital paulista, a administração do tucano João Agripino Doria Júnior decidiu distribuir senhas em domicílio, como se essa prática fosse mais segura e tivesse eficiência comprovada.

O secretário municipal de Saúde da maior cidade brasileira, Wilson Polara, afirmou que trata-se de uma inovação e que espera que o modelo de distribuição de senhas apresente bons resultados. Pois bem, Polara, que de forma recorrente vem solicitando aos munícipes que não se apressem para tomar a vacina contra a febre amarela, não sabe efetivamente quanto moradores existem em cada casa nas regiões consideradas mais vulneráveis à doença.

Se até então a preocupação da Prefeitura era com a procura de vacinação por parte de pessoas que não residem em zonas de risco, esse método de distribuição de senhas é marcado por monumental amadorismo, pois cada residência poderá “abrigar” número muito maior de moradores do que realmente existe. Isso porque o brasileiro não tem vocação para o raciocínio lógico, em especial diante do pânico.


Na manhã desta terça-feira (23), em algumas regiões da cidade de São Paulo, senhas para vacinação eram vendidas por até R$ 500 (clínicas particulares de vacinação cobram no máximo R$ 300). Isso porque alguns espertalhões passaram a madrugada na fila para retirar senhas de vacinação. Sem comprovar o número de pessoas da família, esses alarifes deixaram os postos de saúde com até cinco senhas, sob a alegação de que as mesmas seriam para parentes. Em seguida, as senhas fora oferecidas aos que realmente esperam ser vacinados.

Pois bem, se nos postos de saúde as senhas são entregues de forma indiscriminada, sem a efetiva comprovação do número de pessoas em cada família, não é difícil imaginar o que acontecerá com a distribuição em domicílio.

Com o Brasil saindo de forma lenta e cambaleante da maior crise econômica da história, o brasileiro, conhecido ao redor do planeta pelo famoso e condenável “jeitinho”, acaba de arrumar uma fonte de renda extra e inesperada, graças à febre amarela silvestre.

Administrar a quarta maior cidade do planeta não é tarefa fácil, mas ao mesmo tempo inaceitável que os governantes apelem a balões de ensaio, como se a população fosse cobaia. Preocupado cada vez mais em se expor politicamente e de olho nas eleições que se avizinham, o prefeito João Agripino Doria continua brincando de governar. Até agora não mostrou a que veio, mas continua alimentando o sonho de assumir o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. Enfim…

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