Após desistir da defesa da liberdade e da candidatura de Lula, Gleisi Hoffmann declara guerra ao ‘Pixuleco’

O Partido dos Trabalhadores perdeu o rume em meio a tantos escândalos de corrupção. Sem condições de impedir a inelegibilidade de Lula e com escassas chances de evitar a prisão do ex-metalúrgico, os “companheiros” decidiram radicalizar e, tardiamente, declararam guerra ao Pixuleco, boneco inflável que mostra Lula como presidiário e que marcou as manifestações de rua, País afora, contra o PT nos últimos anos.

Carlos Árabe, secretário-geral do PT, declarou guerra contra o Pixuleco. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Árabe afirmou: “O que nós esperamos é que toda pessoa que defenda a democracia transforme esses bonequinhos em pedacinhos de plástico. Que eles sejam devidamente despedaçados”.

O secretário petista está a cumprir ordens expressas e insanas da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR), presidente nacional da legenda, que pediu “tolerância zero” contra os bonecos infláveis. O caso é no mínimo curioso, para não afirmar que é merecedor de análise de psiquiatras.


Para começar o fiasco petista, a faísca de Gleisi Helena contra o Pixuleco está deveras atrasada. Se os tais bonecos são intoleráveis, o PT não poderia ter levado tanto tempo (dois anos) para se dar conta disso. Talvez não perceberam o fato por conveniência, talvez por anorexia intelectual. À altura dos acontecimentos, o Pixuleco é o menor dos problemas petistas.

Considerado inelegível, Lula dificilmente escapará da cadeia. Sem o foro privilegiado inerente a um mandato eletivo, o petista-mor tende a acumular condenações, já que é réu em várias ações penais, muitas delas com chances de sentenças condenatórias.

Gleisi Hoffmann, que está prestes a ser condenada no STF por corrupção e lavagem de dinheiro, tem grandes possibilidades de compartilhar com o ídolo Lula o Complexo Médico-Penal de Pinhais, onde estão presos muitos dos flagrados na Operação Lava-Jato.

Em vez de se ocupar com o Pixuleco, Gleisi Helena deveria criar coragem e explicar aos brasileiros de bem sua decisão de alçar ao cargo de assessor especial da Casa Civil um pedófilo conhecido e condenado a mais de cem anos de prisão. Enquanto ministra, a atual presidente do PT incumbiu o “camarada” Eduardo Gaievski de comandar os programas federais destinados a crianças e adolescentes. Tudo no melhor estilo a serpente e a presa.

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