Ao defender candidatura de Luciano Huck, FHC mostra disposição para implodir o PSDB e afundar o País

Nada pode ser mais deprimente e aviltante em termos políticos do que a cizânia que embala o PSDB desde a criação da legenda. Incompetente quando o assunto é fazer oposição e dono de soberba nauseante, o PSDB chegou ao fundo do poço com as estripulias de Aécio Neves, um pretensioso que sempre foi “mais do mesmo”, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um general de pijama dentro da agremiação, insiste em dar palpites descabidos.

Depois de insistir para que o governo Geraldo Alckmin, de São Paulo, assumisse o comando do partido, tirando o PSDB do atoleiro criado por Aécio e seus quejandos, FHC vem reforçando os salamaleques na direção do apresentador Luciano Huck, que continua em cima do muro quando questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República.

Se por um lado FHC tem insistido em conversar com o apresentador da Vênus Platinada, por outro Huck vez por outra consulta o ex-presidente sobre os rumos do País. Esgarçado como partido político que até recentemente era o fio de esperança de boa parte da opinião pública nacional, o PSDB tenta ressurgir no cenário político pegando carona na popularidade de um apresentador de programa de auditório.

É importante lembrar que Luciano Huck, se eleito, será um péssimo presidente da República, pois comandar um país complexo como o Brasil, com problemas na proporção da própria dimensão territorial, não é fazer fuzarca televisiva aos sábados. Decidir os destinos de uma nação exige conhecimento, talento, experiência e competência de sobra para enfrentar o jugo bruto e pesado do Congresso Nacional, sem o qual um presidente não governa.


Com o dengo de FHC ao apresentador, o PSDB volta à seara da incerteza em relação ao futuro, já que por enquanto o presidenciável dos tucanos é Geraldo Alckmin, que aceitou assumir o leme do partido sob essa condição.

No momento em que Fernando Henrique reitera sua preferência pelo animador de programa de auditório, fica claro que o PSDB é cada vez mais uma carta fora do baralho político. Ademais, se Luciano Huck quiser se candidatar à Presidência, por certo não será pelo PSDB. Que o apresentador global procure uma legenda que o receba de braços abertos, levando na bagagem o adulador FHC.

O Brasil vive a mais grave crise institucional de sua história, por isso precisa de um candidato que inspire confiança e mantenha-se distante dos radicalismos que se esparramam País afora, mas a ala do tucanato ligada a FHC prefere a aventura de apostar em Huck.

Viajar pelo Brasil com as mordomias patrocinadas pela TV Globo e à sombra da equipe de produção da emissora carioca não dá a Luciano Huck o direito de pensar que conhece o País e os problemas dos cidadãos. Se por um lado política não é videogame, que pode ser jogado a qualquer instante, por outro Huck deve realizar seus sonhos de criança em outra freguesia.

Ademais, se programa de televisão e popularidade fossem senhas para a política, Abelardo Barbosa, o inigualável Chacrinha, teria sido imperador do universo.

apoio_04