Setor de serviços fecha 2017 com queda de 2,8%, informa o IBGE

A crise econômica que sacudiu o Brasil durante pelo menos três anos continua a dar sinais de resistência, apesar de alguns avanços no setor. O sinal de força da crise surgiu em dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do segmento de serviços em 2017.

De acordo com o instituto, o volume de serviços no Brasil caiu 2,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Já a receita nominal do setor fechou o ano com alta de 2,5%. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.

Em dezembro de 2017, o setor de serviços cresceu 1,3% em volume na comparação com novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume cresceu 0,5% e interrompeu uma sequência de 32 quedas consecutivas.

“Estávamos desde março de 2015 sem resultados positivos [na comparação do mês com o mesmo período do ano anterior]. É um resultado só, não podemos ainda afirmar que se trata de uma recuperação. Mas, lógico, é um fato positivo. Por enquanto, só podemos ver essa reação no segmento de transportes”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha.

A receita nominal cresceu 0,9% na comparação com novembro e 5% na comparação com dezembro de 2016.


Serviços em 2017

Cinco dos seis segmentos do setor de serviços tiveram queda no volume no ano passado, com destaque para os outros serviços, com recuo de 8,9%, e os serviços profissionais, administrativos e complementares, que caíram 7,3%.

Também registraram recuo os serviços prestados às famílias (-1,1%), os serviços de informação e comunicação (-2%) e as atividades turísticas (-6,5%). Os serviços de transporte, auxiliares de transporte e correios foram os únicos com alta em 2017: 2,3%.

Segundo Saldanha, o segmento dos transportes foi impulsionado pelo setor industrial, “que é o grande demandante desse serviço”.

Na comparação de dezembro com novembro de 2017, quatro segmentos tiveram alta: atividades turísticas (2,8%); serviços de transportes, auxiliares de transportes e correios (2,3%); serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) e outros serviços (0,7%). (Com ABr)

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