Gleisi diz que intervenção no Rio foi “tirada da cartola”, mas ignora o explícito banditismo político do PT

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e constando das planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann não se cansa de destilar sua cansativa delinquência intelectual.

Crente que é a versão de saias de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada, a parlamentar petista insiste na tese boquirrota de que a solução para o País está no PT, partido que protagonizou o maior escândalo de corrupção de todos os tempos e patrocinou a maior e mais grava crise econômica da história nacional.

Na terça-feira (20), durante o processo de votação que referendou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, Gleisi Helena usou a tribuna do plenário do Senado para vociferar sandices, como se fosse representante de um agrupamento de políticos cheios de boas intenções.

Por questões óbvias, a senadora petista não apenas votou contra a intervenção no Rio, mas criticou duramente a medida. O PT é um dos principais culpados pela escalada da criminalidade no País, mas Gleisi prefere transferir a responsabilidade apenas aos adversários políticos. O que mostra sua desonestidade intelectual.

Microfone em punho, a arrogante e desastrada Gleisi Helena afirmou que a intervenção federal foi “tirada da cartola” pelo presidente Michel Temer, “sem um planejamento adequado”.

“A situação do Rio de Janeiro é crítica, sim – nós sabemos –, mas ela não é crítica de agora. Ela não é nova. Ela é crítica há muito tempo. Quantas vezes as Forças Armadas já atuaram no Rio de Janeiro? E qual foi o resultado concreto de segurança para aquela população?”, questionou a petista.


Que petistas sofrem de amnésia de conveniência todos sabem, mas é preciso refrescar a memória da presidente do PT em relação a um discurso populista e chicaneiro de Lula, feito há mais de uma década.

Em meados de 2007, dias antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Lula afirmou que, encerrado o evento esportivo, o estado teria à disposição o maior e melhor sistema de segurança pública do País. O tempo passou e, como o PT não fez coisa alguma em prol da segurança pública, a realidade está exposta no cotidiano para ser conferida.

Ciente de que seu partido é, “de facto e de jure”, uma organização criminosa com todas as letras, como demonstram as investigações da Operação Lava-Jato – sem contar o assassinato de Celso Daniel –, Gleisi abusou da ousadia e ressuscitou “Carta do Acre”, de 27 de outubro de 2017.

“Seria importante saber se todos os senadores leram a Carta do Acre, assinada por 23 governadores e quatro ministros. E o que trazia a Carta do Acre? Um plano emergencial de segurança pública para este País. Por que esse plano não foi efetivado? Ou isso foi uma enganação?”, cobrou ela.

Melhor seria que Gleisi Hoffmann fizesse um mea culpa e reconhecesse que o PT não apenas abandonou a segurança pública do País enquanto esteve no poder central, mas fechou os olhos para o tráfico de drogas e contrabando de armas nos quase 17 mil quilômetros de fronteiras nacionais. Afinal, era preciso manter a fonte de financiamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização narco-terrorista que integra o Foro de São Paulo, malfadado grupo que aglutina a esquerda latino-americana.

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