Custo Brasil: após soltar Paulo Bernardo, Toffoli nega pedido da PF para ouvir a “companheira” Gleisi

Democracia é bom, mas dá trabalho. E o brasileiro precisa estar atento e dispensar dedicação às coisas da política, antes que o País seja dragado pelo ralo do desmando.

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e senadora pelo Paraná, Gleisi Helena Hoffmann foi flagrada pela Operação Lava-Jato em escândalo de corrupção. Foi acusada por sete delatores de ter recebido R$ 1 milhão em propina do esquema criminoso que funcionou na Petrobras durante mais de uma década. De acordo com os colaboradores, o dinheiro foi empregado na campanha da petista ao Senado, em 2010.

Como se não bastasse, Gleisi Helena teve o nome alçado à mira da Operação Custo Brasil, que desvendou esquema de desvio de dinheiro de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados por meio do sistema Consist.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o esquema era liderado pelo ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), marido de Gleisi, e teria subtraído mais de R$ 100 milhões dos incautos que contraíram empréstimos consignados através do Consist.


Segundo alguns dos investigados, parte do dinheiro desviado custeou despesas pessoais do casal petista, como salário de motorista, contas de energia elétrica, parcelas do IPVA e até brinquedos para o filho de Gleisi e Paulo Bernardo.

O petista Paulo Bernardo chegou a ser preso no âmbito da Custo Brasil, permanecendo alguns dias atrás das grades, até que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao “companheiro” de partido.

O aparelhamento do Judiciário nacional tem proporcionado ao País espetáculos degradantes quando o assunto é a interpretação da legislação vigente. Toffoli não apenas tirou Paulo Bernardo da prisão, como negou pedido do delegado federal Hiroshi Ishida para ouvir Gleisi no escopo da Custo Brasil. O pedido de Ishida foi apresentado ao STF em 13 de abril de 2017.

Quase um ano depois do pleito do delegado da PF, Toffoli considera normal que servidores que buscaram empréstimos consignados sejam roubados por integrantes do seu partido. O ministro Dias Toffoli, conhecido por sua incompetência jurídica, é petista de carteirinha. Foi advogado do PT, trabalhou na campanha de Lula e atuou na Casa Civil na área jurídica. Ou seja, está tudo dominado.

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