Movida pela desfaçatez, Gleisi será a estrela dos calouros da UnB, que estreia disciplina sobre o “golpe”

Acusada por delatores da Operação Lava-Jato de receber propina de R$ 1 milhão do Petrolão – dinheiro usado em sua campanha ao Senado (2010) –, ré por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF) e alvo da Operação Custo Brasil, que investiga a subtração de mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados através do sistema Consist, a senadora Gleisi Helena Hoffmann está prestes a viver mais um dia de glória (sic).

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi será a estrela da abertura do semestre letivo na Universidade de Brasília (UnB), que criou uma bizarra disciplina: “O Golpe de 2016 e o futuro da democracia brasileira”.

Pelo que se sabe, o papel do educador é ensinar os alunos com base na verdade dos fatos, jamais a partir dessa ou daquela ideologia. O que se vê na UnB, e que se espalhou por outras universidades federais, é mais uma manobra espúria do PT, que tenta distorcer a história apenas e tão somente para não desaparecer como partido político.

Os atuais reitores das universidades federais, todos com mandato, foram eleitos nos governos Lula e Dilma Rousseff, portanto são filiados ao PT ou a outros partidos de esquerda. O que explica a criação de uma disciplina que afronta a verdade.

É preciso destacar que não houve golpe, mas, sim, um processo de impeachment que seguiu o estrito rito legal e constitucional, no qual Dilma Rousseff não teve, em qualquer momento, o direito de defesa cerceado, pelo contrário. Ademais, naquele momento, o governo da petista ainda detinha, debaixo de esquemas corrupção, maioria no Congresso Nacional.


Se àquela altura algum perigo rondava a democracia brasileira, esse era a plano do PT de, por meio da roubalheira em estatais, de perpetuar a legenda no poder, não deixando aos adversários qualquer possibilidade de enfrentar o esquema criminoso.

O PT, que ao longo últimos anos tem sido comparado a uma organização criminosa, não apenas saqueou os cofres da maior empresa brasileira, a Petrobras, mas arruinou a economia nacional de uma forma que continua causando estragos na vida do cidadão.

Não se pode esquecer que por ocasião do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, o PT ocupou a as ruas do País para cobrar a derrubada do outrora ‘caçador de marajás”, mas no caso envolvendo Dilma lapidou o discurso bandoleiro do golpe, algo que sequer existiu.

Um evento como o que terá lugar na UnB é um desserviço ao Brasil que torna-se ainda maior com a presença de Gleisi Hoffmann, escolhida a dedo para atuar como para-choque de Lula em situações de dificuldade (e não são poucas).

É tarefa hercúlea exigir doses rasas de vergonha de alguém que aparece sob o sugestivo codinome “Amante” nas planilhas de propina da Odebrecht, mas Gleisi deveria imbuir-se de coragem e, aproveitando o evento na UnB, explicar aos brasileiros de bem a sua decisão de guindar ao posto de assessor especial da Casa Civil um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão por violar sexualmente meninas indefesas do interior do Paraná.

apoio_04