Descontrolados e arrogantes, petistas miram em Cármen Lúcia e censuram sorriso da presidente do STF

Vencida a ressaca do julgamento do habeas corpus de Lula, petistas e representantes da esquerda nacional reuniram-se nesta quinta-feira (5) na sede do instituto que leva o nome do ex-metalúrgico, entidade que, a depender dos próximos capítulos, perderá a razão de existir. Até porque, não se tem notícia de que um presidiário mantenha um instituto.

Durante o encontro, marcado pelo discurso colérico, ficou decidido que a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), é o alvo principal da cruzada para tentar evitar a prisão do alarife do Petrolão.

A estratégia dos “companheiros” é pressionar a magistrada para que seja incluída na pauta do Supremo o julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) que questiona a possibilidade de prisão após condenação em segundo grau.

O objetivo da “companheirada” é forçar a Corte a decidir sobre o tema antes de o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, decretar a prisão do petista-mor, condenado a doze anos e um mês de detenção por corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o polêmico apartamento triplex do Guarujá, no litoral paulista.

Líder do PT na Câmara dos Deputados, o gaúcho Paulo Pimenta (RS), que participou do encontro no Instituto Lula, disse que a presidente do STF promove uma instabilidade institucional. “Consideramos isso uma perseguição política. O uso de um cargo para obter um objetivo que não é republicano”.


Pimenta pode dizer o que bem entender, até porque a Constituição garante aos cidadãos a livre manifestação do pensamento, mas não se pode aceitar a tese de que condenar um corrupto notório, como mostram as investigações, é um ato não republicano.

Aliás, nos últimos quinze anos nada foi mais antirrepublicano do que a sistêmica roubalheira aos cofres públicos instalada pelo PT para que a legenda anulasse seus adversários e se perpetuasse no poder.

Se o assunto do momento é republicanismo, que o PT aceite de maneira responsável, sem abrir mão do direito de protestar, a decisão da Justiça, pois ultrapassa os limiares do devaneio a tentativa de transformar o mandrião Lula em alvo de perseguição política e de caçada judicial.

A bizarrice discursiva dos “companheiros” é tamanha, que Luiz Marinho, presidente do capítulo paulista do PT, disse que o sorriso escrachado da ministra Cármen Lúcia, durante o voto de Rosa Weber, escancarou suas intenções.

Lula e o PT protagonizaram o maior e mais acintoso esquema de corrupção da história da Humanidade, mas por causa de interesses escusos e que violam a legislação vigente ninguém pode rir fora da cartilha petista.

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