Famoso pelas sandices, Suplicy quer ficar preso com Lula até o trânsito em julgado de ação penal

Nada pode ser pior do que o oportunismo de alguns políticos. Talvez essa seja a chaga que consome a extensa maioria da classe. Em franca e irreversível decadência como político, o petista Eduardo Suplicy ganhou notoriedade ao longo dos anos pelas bizarrices que protagonizou. Desde o desafio de vestir uma cueca vermelha sobre a calça até cantar “Blowin’ In The Wind” no plenário do Senado, Suplicy é o que há de mais détraqué na política verde-loura. E suas incursões circenses tornaram-se motivo de galhofa Brasil afora.

Não bastasse sua pífia e teatral trajetória, Eduardo Suplicy, que é vereador em São Paulo, ressurge em cena com mais uma decisão digna de pena. Ele quer permanecer preso com Lula até o trânsito em julgado da ação penal em que o ex-metalúrgico foi condenado a doze anos e um Mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

“Preciso ver se a Justiça vai permitir isso, mas é a minha vontade. Quero ficar com o Lula até que ele tenha a oportunidade de ter completado seu direito de defesa”, afirma.

Ciente de que sua ideia é absurda e não encontra respaldo legal, Suplicy insiste em mais uma chanchada para recuperar os minutos de fama de outrora, quando circulava pelos corredores do Congresso carregando debaixo do braço a tese da renda mínima de cidadania.


Para justificar a esdrúxula proposta, o vereador paulistano citou o artigo 5º da Constituição Federal. “No inciso LVII diz que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado em sentença penal condenatória’, isso ainda não aconteceu com Lula”, disse Suplicy.

O ex-senador deveria ler a Carta Magna em sua inteireza, pois o inciso LXI do mesmo artigo 5º estabelece que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente”.

Tomando por base que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) está investido de competência jurisdicional e a decisão condenatória é largamente embasada no que determina a legislação vigente, não há o que discutir em relação à prisão do responsável pelo maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos.

O eleitorado paulista deveria se questionar sobre como foi possível eleger ao Senado, para representar o mais importante estado da federação, alguém com comportamento e atuação tão questionáveis.

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