Lula transformará o ato de sua prisão em enredo rocambolesco para tentar salvar o PT nas urnas

Ainda enfrentando os efeitos colaterais de uma crise econômica sem precedentes, o Brasil está parado nesta sexta-feira (6) por conta do impasse que ronda a grave situação do ex-presidente Lula, que tem mais algumas horas para se entregar “voluntariamente” à Polícia Federal, em Curitiba, conforme determinação do juiz Sérgio Moro em mandado de prisão.

Enquanto prevalece a dúvida sobre quais serão os próximos capítulos dessa epopeia bandoleira, que tem como palco o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, Lula, valendo-se de seu perfil ardiloso, já planejou de maneira minuciosa os passos seguintes.

Ciente de que sua inelegibilidade é ponto pacífico, até porque a Lei da Ficha Limpa é clara sobre condenados em segunda instância, o ex-metalúrgico aposta mais uma vez na dramatização como forma de tirar dividendos políticos de uma situação de extrema dificuldade. E Lula tem talento de sobra para tal, pois desde os tempos em que era alcagueta do regime militar vem cultivando essa questionável habilidade.

Primeiro ex-presidente da República condenado à prisão por crime comum – no caso corrupção e lavagem de dinheiro –, Lula sabe que o momento da sua prisão dará ao Partido dos Trabalhadores uma sobrevida política fora do script original. Algo como reforçar uma tábua de salvação consumida pelo vírus da roubalheira endêmica.


Aconselhado por seus caríssimos e badalados advogados a se entregar à PF, Lula parece não ter acolhido a sugestão e tomou uma decisão política que pode ser encarada como mais um desafio ao Judiciário.

Esse desfecho minuciosamente estudado e planejado servirá para o PT levar adiante o discurso mentiroso da perseguição política e da caçada judicial, temas que seus defensores já levaram à Organização das Nações Unidas, que não poder para ingerir nas decisões do Judiciário nacional, assim como de qualquer outro país.

A justificativa para desrespeitar a determinação do juiz Sérgio Moro é o pedido de habeas corpus que aguarda análise do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, repetindo decisões anteriores, poder denegar a ordem. Traduzindo para o bom vernáculo, Lula tenta ganhar tempo para que o enredo rocambolesco de sua prisão renda os dividendos esperados.

Não por acaso, Lula resolveu entrincheirar-se no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde durante a era plúmbea comandou a resistência ao regime militar. Que ninguém caia na esparrela de Lula e seus quejandos, pois o País está diante de profissionais da política que agem de maneira inescrupulosa para alcançar seus objetivos. Na verdade, o rótulo de organização criminosa emprestado ao PT não foi obra do acaso.

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