Mercado financeiro reduz projeção do crescimento da economia para 2,76%

Economistas das principais instituições financeiras em atividade no País reduziram a projeção para o crescimento da economia em 2018. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC), a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu pela terceira semana consecutiva.

Segundo a previsão dos analistas, a expectativa para o PIB passou de 2,80% para 2,76%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,83%. Para 2019, a expectativa permanece em 3% há 11 semanas seguidas. Esse cenário mostra que a economia nacional ainda não conseguiu se desvencilhar dos efeitos colaterais da mais grave crise da história do País.

O mercado financeiro também tem alterado a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, passou de 3,53% para 3,48% na décima primeira redução consecutiva.


Estimativa de inflação é ajustada para 4,07%

A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação foi ajustada de 4,09% para 4,07%, abaixo do centro da meta (4,25%). Mais um dado que sinaliza a dificuldade para a retomada do crescimento econômico.

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Quando o Copom eleva a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços porque taxas de juro mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom diminui o juro básico, que não chega em sua integralidade ao consumidor final, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a previsão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. (Com ABr)

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