Temer precisa explicar a não devolução ao patrimônio da União de áreas da Reserva Nacional do Cobre

Cercado por escândalos de corrupção envolvendo assessores palacianos e emedebistas ilustres (sic), o presidente da República, Michel Temer, precisa rever decisões do governo caso queira chegar até o final do seu conturbado e impopular mandato sem novas e desagradáveis surpresas.

Enfrentando os efeitos colaterais do rumoroso escândalo do Decreto dos Portos, que segundo os investigadores teria beneficiado a empresa Rodrimar, que atua principalmente em Santos, o presidente parece não estar preocupado com os desdobramentos de novos imbróglios.

O mais grave e preocupante, como já noticiou o UCHO.INFO, envolve a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), extinta por decreto presidencial e, após ruidoso polemica que ganhou o planeta, foi recriada por meio de novo ato da Presidência da República.

No decreto que extinguiu a Renca, diversas áreas ricas em minérios – o que significa negócios bilionários – foram transferidas à iniciativa privada, sem a anuência de técnicos do governo especializados em mineração. O tema foi tratado intramuros no Palácio do Planalto e teve como operadores Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil e alvo de denúncias de corrupção, e Fernando Bezerra Coelho Filho, que à época do escândalo estava à frente do Ministério de Minas e Energia.

Tomando por base que o setor da mineração não merece a devida atenção da sociedade, o caso da Renca permaneceu poucos dias no noticiário, perdendo força com a edição do novo decreto que recriou a reserva. Contudo, como já alertou este portal, as áreas transferidas na esteira do decreto de extinção não retornaram ao patrimônio da União com a recriação da Renca. Ou seja, o Palácio do Planalto operou uma farsa para enganar a opinião pública.


O presidente Michel Temer está a par da gravidade do caso, pois as matérias deste noticioso sobre o tema sempre aterrissam rotineiramente nas principais escrivaninhas palacianas, causando temor nos principais artífices do golpe contra 200 milhões de brasileiros. Afinal, trata-se de crime de lesa pátria transferir à iniciativa privada, na calada da noite, áreas ricas em minérios sem a chancela das autoridades competentes do setor.

Há um ano, mais precisamente em 13 de abril de 2017, o UCHO.INFO alertou os brasileiros para uma movimentação estranha na Esplanada dos Ministérios, cujo objetivo era acabar com a Renca, beneficiando a turba que gravita na órbita do núcleo duro do governo. A operação, que pode ser classificada como criminosa, começou com o outrora ministro Fernando Bezerra Coelho Filho, que editou portaria antecipando a extinção da reserva.

O esquema era de tal forma acintoso, que Fernando Filho estipulou, na mencionada portaria (imagem abaixo), o que o presidente Michel Temer deveria fazer em relação ao processo de extinção da reserva rica em cobre, ouro, titânio e fósforo.

O mais interessante, se é que assim pode ser classificado o episódio a seguir, é que a classe artística – em especial atores e atrizes da Vênus Platinada – patrocinou uma enorme gritaria com a anunciada extinção da Renca, mas depois calou-se como cordeiro a caminho da manjedoura. Ou esses artistas não sabem por qual razão esperneiam, ou estão mancomunados com um governo marcado pela suspeição. Com a palavra, o emedebista Michel Miguel Elias Temer Lulia, advogado constitucionalista e presidente da República!

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