Mesmo com o consumo em queda, mas de olho no cenário externo, BC mantém Selic em 6,5% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (16), manter em 6,5% ao ano a taxa básica de juro, a Selic. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que apostava em redução de 0,25 ponto percentual.

Com a decisão, tomada por unanimidade, o Copom interrompeu um ciclo de doze quedas consecutivas da Selic. A taxa, no entanto, permanece no menor nível da série histórica do Banco Central, iniciada há 32 anos.

A manutenção da Selic no patamar atual foi influenciada pela volatilidade do cenário internacional. No contraponto, o mercado interno dava condições para novo corte na taxa básica de juro.


“O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes”, destaca um trecho da ata do Copom.

Com a Selic em 6,5% ao ano, cai por terra as expectativas de aquecimento dos negócios em vários setores da economia nacional. O UCHO.INFO vem conversando com empresários dos mais distintos segmentos, donos de negócios dos mais variados tamanhos, e todos são uníssonos em ressaltar a repentina queda no consumo.

Esse quadro não favorece o combate ao desemprego, compromete a arrecadação tributária, piora a capacidade de investimento do governo e leva preocupação crescente à população.

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