Impasse sobre preço dos combustíveis reflete o desastre que foi a política economia adotada pelo PT

Em 2009, quando o UCHO.INFO criticou dura e firmemente a destrambelhada política econômica adotada pelo então presidente Lula – a “companheira” Dilma Rousseff deu continuidade à sandice –, os palacianos acusaram-nos de incensar a tese do “quanto pior, melhor”. Na verdade, este portal dedica-se ao jornalismo independente e responsável, não importando quem seja o alvo de nossas críticas, sempre fundamentadas.

Naquele momento, este noticioso afirmou que o governo, que fazia “cortesia com o chapéu alheio”, em poucos anos inviabilizaria a economia nacional e levaria a um cenário de dificuldades a maior empresa nacional, a Petrobras. E nessas críticas não estava contido o escândalo de corrupção conhecido como Petrolão.

O tempo passou e a conta do populismo petista começa a chegar no bolso de cada brasileiro. Com a Petrobras adotando um sistema de preços baseado no mercado internacional, o que tem permitido a recuperação da companhia, o abastecimento de veículos leves e pesados vem causando protestos. Somente em maio, o preço da gasolina teve reajuste de 15%, enquanto o do diesel foi de 13%.

Nesta segunda-feira (21), caminhoneiros protestaram em pelo menos 18 estados e cobraram a imediata redução do preço do diesel, que impacta direta ou indiretamente no cálculo da inflação. Diante de tal cenário, o presidente da República, Michel Temer (MDB), acionou assessores e ministros ligados ao tema para discutir uma forma de minimizar os efeitos dos aumentos de preços dos combustíveis.


Preguiçoso quando o assunto é política, o brasileiro – há honrosas exceções – não consegue enxergar a realidade do País de forma ampla. Reduzir o preço dos combustíveis significa impor à Petrobras um ônus que não lhe cabe, além de prejudicar financeiramente os acionistas minoritários da estatal petrolífera.

Se a saída for a redução da carga tributária que incide sobre os combustíveis – por enquanto está descartada essa hipótese – a população precisa compreender que em algum momento essa conta há de chegar. Seja pela falta de investimentos em alguns setores, seja pelo aumento do déficit fiscal.

Como os políticos viram na reforma da Previdência uma oportunidade de ouro para aumentar o escambo criminoso que une o Legislativo e o Executivo, o Brasil deu adeus à mudança nas regras previdenciárias, tornando-se ainda mais vulnerável às intempéries econômicas internacionais.

O UCHO.INFO tem afirmado de maneira recorrente que a recuperação da economia brasileira, que nos últimos anos enfrentou a mais grave crise da história, demandará esforços multilaterais durante por algumas décadas, até que o País consiga enxergar o horizonte sem intermitências.

Para que isso ocorra é preciso que cada cidadão assuma a sua cota de sacrifício, pois não será com discurso fácil e embusteiro que a economia verde-loura sairá do buraco. Ou permite-se que a Petrobras prossiga em seu projeto de recuperação, ou aceita-se a ideia de que o Brasil foi pelos ares sem que fossemos avisados. É preciso repensar urgentemente o País no longo prazo. Do contrário, o aeroporto mais próximo é a solução ideal.

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