Diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone afirmou nesta quinta-feira (7) que não haverá intervenção da entidade na política de preços de derivados de petróleo da Petrobras e de outras empresas.
O dirigente aproveitou a presença de representantes das maiores empresas de petróleo do planeta, que participam da 4ª Rodada de Partilha do Pré-Sal, para fazer o anúncio que era aguardado desde as incertezas que surgiram após a greve dos caminhoneiros, que paralisou o País durante dez dias.
A informação surge em meio à polêmica em torno da política de reajuste de preços da Petrobras e após a ANP ter decidido abrir consulta pública para definir a periodicidade do repasse dos reajustes de preços dos combustíveis. Por enquanto, a Petrobras continua com a política de reajustes diários, com base nos preços do petróleo e derivados no mercado internacional. O que permitiu a recuperação econômica e financeira da companhia.
“Não há intervenção e não haverá. Ninguém pensa em intervir em nada. A formação de preços no Brasil é e continuará sendo livre. A ANP não interfere e jamais vai interferir na indústria”, declarou Oddone, afirmando que a Petrobras e todos os outros atores do mercado terão liberdade na formação de preços.
Oddone lembrou que a decisão não significa intervenção, mas medida para dar estabilidade a um setor cujo monopólio de refino de petróleo é de uma empresa controlada pela União. “Ninguém pensa em intervir e nem intervirá em nada. A formação de preços no país é livre e continuará livre”, disse.
Não é novidade o desencanto dos brasileiros com a classe política, mas é preciso compreender que mudar a realidade do País não é tão simples quanto sugerem alguns afoitos. É preciso promover mudanças com responsabilidade. E isso passa obrigatoriamente pela necessidade de a Petrobras existir como uma empresa de mercado, respeitando o fato de que acionistas minoritários merecem respeito de acordo com o que determina a legislação.
