Defesa milionária de Lula nega ter pedido prisão domiciliar para o petista, pois seria admitir culpa

Condenado a doze anos e um mês de prisão, em regime fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula continua abusando da gazeta bandoleira para provar uma alegada inocência que simplesmente inexiste. Mantendo o discurso de que será candidato à Presidência, Lula tenta não sair do noticiário com medo de cair de vez na vala do esquecimento da opinião pública. Muito mais do que a agrura da prisão, o petista-mor não saberia lidar com o ostracismo.

Apostando todas as fichas no julgamento da próxima terça-feira (26), na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a milionária defesa do ex-presidente informou que não solicitou prisão domiciliar para o cliente. A informação surgiu na esteira da absolvição da senadora Gleisi Helena Hoffmann, como alternativa à esperada não complacência da Segunda Turma.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que na condição de âncora da defesa de Lula vem colecionando derrotas seguidas, afirmou em nota que “o ex-presidente Lula está pedindo nos recursos dirigidos aos Tribunais Superiores o restabelecimento de sua liberdade plena porque ele jamais praticou qualquer ato ilícito”.


Um eventual pedido de prisão domiciliar por parte da defesa configuraria confissão de culpa do ex-presidente da República, algo descartado até o momento. Em outras palavras, solicitar ao STF prisão domiciliar seria admitir o que as provas carreadas ao processo já demonstraram: o apartamento triplex no Guarujá era de fato do alarife do Petrolão.

Por outro lado, uma prisão domiciliar interromperia o plano bizarro de Lula de continuar no noticiário. Afinal, o petista-mor teria de se contentar com visitas restritas, o que impediria as entrevistas sobre o seu comportamento na prisão. Sem contar que chegaria ao fim a romaria que vem dominando a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, apenas porque a Vara de Execuções Penais da capital paranaense tem demonstrado um misto de frouxidão com condescendência.

Em vez de plantar factoides, a turba lulista deveria perguntar ao ex-metalúrgico como é possível custear um corpo de advogados caríssimos e badalados tendo renda mensal de R$ 30 mil. Aliás, o próprio Lula revelou em juízo esse valor. Tal montante é insuficiente para custear as despesas dos advogados com viagens a Genebra e a Nova York, onde espetáculos pífios envergonham os brasileiros de bem.