Confusa, defesa milionária de Lula entra com novo recurso para evitar julgamento de inelegibilidade

A milionária defesa de Lula, o comandante do Petrolão, continua a bater cabeça. Recentemente, os badalados advogados se desentenderam por causa do suposto pedido de prisão domiciliar. Enquanto um lado defendia a medida, outro condenava a estratégia sob a argumentação de que isso poderia representar confissão de culpa.

Nesta quinta-feira (28), os advogados mais uma vez protagonizaram um fiasco na órbita da defesa do ex-metalúrgico. Depois de muitas idas e vindas por causa da decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF, de enviar ao plenário da Corte o pedido de liberdade do petista-mor, os advogados entraram com novo recurso.

No recurso em questão, os advogados pedem para que o Supremo não julgue a inelegibilidade, consumada com base na Lei da Ficha Limpa. Os advogados justificam na petição que no pedido de suspensão dos efeitos da condenação não há referência à inelegibilidade do ex-presidente da República. Por isso querem que o assunto seja subtraído da ementa de julgamento do caso.

Os advogados, que não têm poupado Fachin de duras e seguidas críticas, querem que o relator da Lava-Jato faça uma correção no encaminhamento do caso para o plenário da Corte. Certamente porque continuam acreditado que o STF existe apenas e tão somente para fazer as vontades do alarife Lula.


“O embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição inicial, nesse sentido, é de hialina clareza ao requerer o efeito suspensivo para impedir a “execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal Federal”. Não foi colocado em debate — e nem teria cabimento neste momento — qualquer aspecto relacionado à questão eleitoral”, destaca o recurso.

Contudo, no pleito encaminhado anteriormente ao STF, a defesa alegou que a demora na suspensão dos efeitos da condenação provocava “prejuízo concreto ao processo eleitoral”. Ou seja, os advogados estavam preocupados com a inelegibilidade de Lula, que insiste em manter sua impossível candidatura ao Palácio do Planalto.

É difícil saber se o último recurso apresentado pela defesa de Lula busca ganhar tempo para eventualmente devolver o caso à Segunda Turma – dominada por ministros alinhados ao petismo – ou para evitar que o plenário da Corte julgue a inelegibilidade de forma antecipada. Afinal, o PT planeja registrar a candidatura em cima da hora, o que dificultaria em termos de tempo a recusa do registro por parte da Justiça Eleitoral.

Não contente com as confusões jurídicas que movimentam o cotidiano, o PT usa a estratégia da candidatura de Lula como forma de alavancar o partido nas eleições gerais de outubro próximo, pois teme um novo encolhimento da legenda nas urnas. O que significa redução da verba partidária. Resumindo, os petistas agora são dependentes de Lula como cabo eleitoral, mesmo estando atrás das grades.