Pesquisa Ibope escancara a incoerência e a preguiça do brasileiro quando o assunto é política e eleição

Aparentemente o último gênio da raça, o brasileiro ganhou notoriedade às avessas por entender de todos os assuntos, por ser especialista em tudo e mais um pouco. Não obstante, além de política e futebol, o brasileiro agora exibe aos quatro cantos expertise em pesquisas de opinião, em especial as que tratam de questões eleitorais. E que ninguém ouse fazer qualquer comentário sobre determinada pesquisa, se o levantamento for contra esse ou aquele candidato, pois a obtusa claque de aluguel vai ao furor.

Analisando as recentes pesquisas eleitorais é possível identificar que, consideradas as margens de erro, trazem resultados semelhantes e caminham na mesma direção. É óbvio que uma pesquisa pode tropeçar em meio às informações trazidas a público, mas isso faz parte da estatística. Mas essa possibilidade torna-se suprema quando uma parcela do eleitorado busca incensar determinado candidato. Em momento de radicalização e polarização, essa prática é comum, mas não é normal.

A mais recente pesquisa CNI/Ibope sobre a corrida presidencial deste ano mostra de maneira clara a incongruência da população quando o assunto é política. Algo que os tais especialistas sequer conseguem enxergar.

A pesquisa CNI/Ibope erra de forma grosseira ao inserir o nome do condenado e preso Lula na lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto, mesmo sabendo que o petista está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Nesse cenário, Lula lidera com 335 de intenções de voto.

O mesmo levantamento revelou que o governo do presidente Michel Temer (MDB) é desaprovado por 79% dos brasileiros, índice recorde em termos de avaliação negativa. Como sempre afirmou o UCHO.INFO, na política nacional não há espaço para “bom-mocismo”, assim como Temer está longe de ser o governante dos sonhos. Mesmo assim, o presidente é o que o País tem com base naquilo que determina a legislação vigente.


As grandes questões que atormentam a opinião pública passam obrigatoriamente pela preguiça que o brasileiro tem em relação à política. E este portal tem insistido ao longo dos anos em tema vital para a sobrevivência do País: a importância da preocupação dos cidadãos com as coisas da política. Sem isso, a difícil e trágica situação atual tende a piorar sobremaneira.

Viciado na coisa pronta e crédulo nos candidatos que prometem resolver os problemas nacionais, o eleitor escancarou na pesquisa CNI/Ibope a sua incoerência quando o assunto é política e eleição. Lula comandou o maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade, o Petrolão, mas, mesmo assim, tem 33% de intenções de voto quando seu nome é inserido no rol dos presidenciáveis. Por outro lado, Temer, que tirou o Brasil da maior recessão da história (ainda há muito a fazer), é desaprovado por 79% da população.

Não se trata de torcer para que Lula arda no mármore do inferno e de incensar Michel Temer ao Olimpo da governança, mas é preciso doses rasas de coerência quando faltam poucos meses para mais uma vez, decidir o futuro do País.

Durante treze anos e alguns meses, Lula enganou a população à base de populismo barato e pirotecnia oficial, escondendo a trágica realidade da economia e negando o assalto aos cofres públicos. Temer, que nem de longe tem vocação para santo, vem tentando recolocar o País nos trilhos, mas a sociedade verde-loura não está disposta a esforços e redução de direitos. Por isso acredita no falso messianismo de alguns oportunistas de plantão.

O detalhe da pesquisa que ora trazemos a lume revela de maneira inconteste que a população não está preocupada com a roubalheira sistêmica que tomou conta do País, desde que o ladrão da vez ofereça a cada cidadão o binômio “pão e circo”, que tanto sucesso fez no Império Romano e ainda faz nessa barafunda tropical chamada Brasil. Ou seja, roubem à vontade, mas não esqueçam do generalizado agrado material, pois o brasileiro é a folclórica “mulher do malandro”.