Beligerância estúpida de Donald Trump começa a produzir estragos na combalida economia brasileira

No Brasil, para a infelicidade geral da nação, há um grupo de direitistas radicais e obtusos que enxergam no apasquinado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, a personificação da solução para todos os problemas planetários. Essa crença descabida é fruto de um movimento que idolatra o radicalismo irresponsável que embala a Casa Branca e que faz eco nessa república bananeira em que se transformou o País.

No afã de cumprir as obtusas promessas de campanha e fazer a alegria dos détraqués que lhe confiaram votos, Trump adotou a contundência como regra básica para suas atitudes. Esse modelo de atuação não apenas coloca o planeta em risco permanente, como é possível conferir, mas causa sérios prejuízos a muitos países, a começar pelo Brasil.

O anúncio de que os EUA poderão ampliar a taxação de produtos da China levou o dólar comercial a subir 2,20% nesta quarta-feira (11), com a moeda norte-americana batendo na casa de R$ 3,8811 para venda.

Tal cenário cambial faz com que muitos produtos importados, em especial os insumos usados pela indústria, fiquem mais caros, aumentando o preço final de produtos e elevando a inflação. Mesmo assim, para muitos brasileiros desavisados Donald Trump é a versão alaranjada e fora de controle de Messias.


Alguém há de afirmar que com isso as comodities nacionais ficarão mais competitivas no mercado internacional, mas trata-se de ledo engano. Se por um lado países como China buscarão no Brasil uma saída para abastecer o próprio mercado e retaliar os EUA, por outro ficarão mais caros no mercado produtos como soja e milho. Isso porque Trump, o idolatrado, insiste em brincar de xerife do universo.

Apesar desses solavancos, o Banco Central insiste em permanecer contemplativo, abrindo mão de leilões extraordinários de swaps cambiais (venda futura de dólar), apostando no cenário dos últimos dois pregões, quando houve queda de 3,5% na cotação da moeda ianque.

Nesta quarta-feira (11), o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) refletiu a escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China, fechando o pregão em baixa de 0,62%, com 74.398 pontos. Papéis de grandes empresas acompanharam a tendência de queda, com Petrobras recuando -1,97%; Vale, -1,11%; e Bradesco, -0,29%.

A onda de salamaleques na direção de Washington D.C há de cessar em breve, mais precisamente quando os bolsos verde-louros começarem a chiar com mais estridência. O barulho já começou e já é sentido em vários setores da economia brasileira. E salve o “Rei Donaldo I”!