Alaranjado, Trump “amarela” na terra de Theresa May e suaviza críticas à primeira-ministra britânica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou nesta sexta-feira (13) as fortes críticas que fizera no dia anterior à estratégia do governo britânico para o Brexit, elogiando a liderança da primeira-ministra Theresa May e dizendo que as relações entre ambos “nunca estiveram tão fortes”.

A primeira visita oficial de Trump ao Reino Unido foi marcada por seus comentários sobre o plano de May para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e pelos inúmeros protestos marcados para os quatro dias de sua passagem pelo país.

Em entrevista ao tabloide britânico “The Sun”, divulgada pouco antes do início da visita oficial, Trump disse que a estratégia da premiê para o Brexit – que prevê relações estreitas com a UE – iria praticamente “matar” um possível acordo de livre comércio entre seu país e o Reino Unido.

O líder americano chegou a afirmar que Theresa May se recusou a ouvir seus conselhos sobre como negociar um acordo com o bloco europeu, resultando em um pacto que não corresponde ao que os eleitores britânicos desejavam quando votaram pelo Brexit no referendo de junho de 2016.

Em coletiva de imprensa ao lado da chefe do governo britânico nesta sexta-feira, em Chequers, o presidente adotou um tom bastante diferente, sem poupar elogios a May. Segundo Trump, ela é uma “mulher incrível”, que faz um “trabalho fantástico” como chefe de governo.


O americano ainda negou ter criticado a primeira-ministra, sugerindo que havia um elemento de “fake news” na reportagem do The Sun – embora o jornal tenha divulgado gravações da entrevista que confirmam suas declarações.

“Não a critiquei. Tenho muito respeito por ela”, disse ele, acrescentando que o tabloide omitiu “coisas incríveis” que ele teria dito sobre May.

Em sua defesa, Donald Trump afirmou que quer apenas garantir que seu país não tenha quaisquer restrições em relação ao comércio com o Reino Unido. “O que a senhora fizer está bom para nós, apenas garanta que possamos fazer negócios juntos. Isso é tudo o que importa”, disse o presidente americano.

“Apoiamos a decisão do povo britânico de ter um governo totalmente autônomo, e vamos ver como tudo vai ocorrer. [O Brexit] é uma negociação muito complicada”, admitiu.

Donald Trump é um covarde contumaz, que como tal abusa da dissimulação e da mitomania quando lhe convém. E o faz agarrando-se à teoria esdrúxula da notícia falsa. O alaranjado presidente dos EUA criticou duramente a primeira-ministra Theresa May, mas acabou “amarelando”.

Não obstante, Trump continua acreditando ser o último gênio da raça humana, a ponto de ousar dar conselhos a outros estadistas. (Com agências internacionais)