Crise econômica ainda resiste e País encerra o primeiro semestre com 63,6 milhões de inadimplentes

Enquanto o ex-presidente Lula é incensado por “companheiros” como a única salvação para o País, os efeitos da mais grave crise econômica da história nacional, criada pelo populismo barato do PT, continua a fazer estrago na vida dos brasileiros.

De acordo com levantamento realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o volume de consumidores inadimplentes cresceu 4,07% no mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Na nona alta consecutiva da séria história do indicador, estima-se que aproximadamente 63,6 milhões de brasileiros estejam inadimplentes, contingente que representa 42% da população adulta do País.

A pesquisa aponta também que houve aumento de 0,61% no volume de consumidores inadimplentes em junho, na comparação com o mês imediatamente anterior. Isso mostra que a economia brasileira ainda enfrenta sérias dificuldades para retomar a rota do crescimento, situação provocada por questões internas e pelo cenário internacional.

Segundo José Cesar da Costa, presidente da CNDL, a retomada econômica ainda não condiz com as expectativas. “Embora os juros estejam menores e a inflação dentro da meta, o desemprego ainda é elevado e acaba reduzindo a capacidade de pagamento das famílias”, pondera.

Para Costa, a recuperação está mais lenta do que o esperado e as projeções mostram que o segundo será igualmente difícil para as finanças do brasileiro.


É importante ressaltar que a população não deve confiar em propostas milagrosas de candidatos à Presidência da República, pois a solução da crise econômica passa por obrigatoriamente por sacrifícios generalizados, sem os quais o País continuará na preocupante situação atual. O ajuste fiscal é o principal problema a ser resolvido.

Faixas etárias e tipos de dívidas

Segundo o levantamento SPC Brasil – CNDL, houve queda da inadimplência entre a população mais jovem, mas o número de atrasos aumentou entre aqueles com idade mais elevada. Na faixa dos 18 aos 24 anos de idade, a queda foi de 23,31%, enquanto que na faixa dos 25 aos 29 anos o recuo foi de 5,28%. O maior crescimento no atraso de contas foi observado na população idosa (65 aos 84 anos), com alta de 10,76%. Na sequência aparecem os consumidores de 50 a 64 anos (7,71%), de 40 a 49 anos (5,58%) e de 30 a 39 anos (2,04%).

As dívidas bancárias – cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos – foram as que apresentaram a maior alta em junho, com alta de 7,62%, na comparação com o mesmo mês de 2017.

Em segundo lugar ficaram as contas básicas como água e luz, com alta de 6,69% nos atrasos. A inadimplência com contas de telefone, internet e TV por assinatura aumentaram 3,57%. As compras feitas no boleto ou crediário no comércio foi o único segmento a apresentar queda na quantidade de atrasos, com recuo de 9,24% em junho.

Mais da metade (51%) das dívidas pendentes de pessoas físicas tem como credor algum banco ou instituição financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 18% do total de dívidas atrasadas, seguido pelo setor de comunicação, com 14%. Os débitos com empresas concessionárias de serviços básicos – água, luz e telefone – representam 8% das dívidas não pagas no Brasil. Em média, cada inadimplente tem duas dívidas em aberto.