Há dias, o destemperado Ciro Gomes adulava o “Centrão”, agora refere-se ao bloco como “essa gente”

Nada pode ser mais delinquente em termos intelectuais do que os seguidos destampatórios de Ciro Gomes, o coronel do agreste que pela terceira vez concorrerá à Presidência da República, agora pelo PDT. Ciente de que só estará no segundo turno caso ocorra uma tragédia na corrida presidencial, Ciro começa a intensificar as declarações apelativas, algo que não cora a face daqueles que o conhecem.

Acostumado a palavreado em consonância com a plateia e de acordo com as próprias necessidades, Ciro Gomes afirmou há dias que somente a sua chegada ao poder central permitirá a Lula se livrar da prisão. Isso porque, em entrevista a uma emissora de televisão maranhense, Ciro afirmou que, se eleito, enquadrará o Judiciário e o Ministério Público.

Ciro Gomes é um oportunista desqualificado adepto da teoria de que diante do cavalo encilhado é preciso montar. Tomando por base que no Maranhão o ex-presidente Lula lidera as pesquisas com 66% de intenção de voto, o discurso do pedetistas não poderia ser outro. Até porque, seu objetivo é angariar os votos dos eleitores petistas. Ciro sabe que no Estado Democrático de Direito uma pena de prisão não se extingue com reles canetada, mas em época de eleição qualquer besteira serve.


Preocupado com a possibilidade cada vez maior de novamente naufragar em mais uma tentativa de chegar ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes afirma que o empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e cotado para ser candidato a vice na chapa de Alckmin, foi vítima de uma “armadilha”. “Na medida em que ele [Josué] foi orientado por Lula a entrar no PR, ele entrou numa armadilha”, declarou Ciro, durante convenção do PDT em São Paulo.

Como afirmou o UCHO.INFO em matéria anterior, Ciro Gomes é um covarde conhecido que se esconde atrás de “rugidos” disparados para intimidar aqueles que ignoram suas fraquezas. Dissimulado quando convém, Ciro não escreve sentado o que diz em pé, comportamento típico de nove entre dez políticos brasileiros.

Até a última semana, Ciro Gomes negociava com o “Centrão” para ter não apenas apoio político, mas também e principalmente o tempo de televisão a que o bloco partidário tem direito. O que daria à campanha do pedetista considerável impulso. E o pedetista contava com esse apoio.

Na convenção do capítulo paulista do PDT, Ciro mudou o discurso e afirmou que “jamais” pensou em fazer uma aliança “com essa gente”. “Eles que me procuraram, que toparam conversar comigo”. Ou seja, além de destemperado, Ciro sofre de mitomania.