Criador do “Fome Zero”, Lula terceiriza greve de fome para pressionar o STF, que ignora grevistas

Flagrado no Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, Luiz Inácio da Silva apostava na impunidade para avançar com seu projeto totalitário de poder, que tinha como um dos pilares a distração da opinião pública a partir da teoria do “pão e circo”.

Condenado na Operação Lava-Jato a doze anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do apartamento triplex no Guarujá, no litoral paulista, Lula cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, mas insiste em uma impossível candidatura à Presidência da República, como se no Brasil inexistissem leis.

É fato que ainda cabe a Lula o direito de recorrer da sentença que o mandou à prisão, mas o cumprimento provisório da pena é possível a partir de decisão de segunda instância, conforme entendimento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Não obstante, de acordo com o que estabelece a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135 de 2010), Lula está inelegível.

Na tentativa de atropelar a Justiça e a legislação vigente, Lula, que não mede esforços para impor suas vontades, como mostra a história recente, não pensou duas vezes antes de inventar uma greve de fome, terceirizada aos seguidores, que programaram jejum de 24 horas para o próximo sábado (4) diante do STF pela libertação do petista-mor.

Mesmo assim, um grupo de seguidores do ex-metalúrgico antecipou a greve de fome para esta terça-feira (31), na esperança de ser recebido pela presidente do Supremo, mas acabou retirado do local.


 

Criador do programa “Fome Zero”, Lula é um populista que por conveniência prefere ignorar algumas passagens de sua trajetória, a começar pelo fato de que durante mais de uma década comandou o País, mesmo quando Dilma Rousseff ocupou o Palácio do Planalto na condição de “braço avançado” do lulismo.

O jejum convocado pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Helena Hoffmann, espécie de “pau mandado” de Lula, é mais uma investida da legenda que fracassa no nascedouro, pois o STF jamais se curvará diante de uma estratégia tão apelativa quanto rocambolesca. Sem contar que a greve de fome sugerida por Lula é fácil para quem está sendo alimentado regularmente no cárcere sob as expensas do dinheiro público.

A pífia encenação servirá, na melhor das hipóteses, para o partido cabalar alguns votos e evitar o encolhimento da bancada na Câmara dos Deputados a partir da próxima legislatura. Caso sofra nas próximas eleições processo de encolhimento semelhante ao das eleições municipais de 2016, quando perdeu aproximadamente 60% das prefeituras que ocupava, o PT terá sérios problemas financeiros a partir do próximo ano. Afinal, o fundo partidário é calculado com base no tamanho da bancada de cada legenda na Câmara dos Deputados.