Gleisi e Lula colocam militantes do MST para fazer greve de fome, mas desfrutam de três refeições diárias

Não há limites para o cinismo que embala o Partido dos Trabalhadores, legenda que acertadamente já foi comparada a uma organização criminosa, a exemplo do que mostraram as investigações da Operação Lava-Jato e como comprova a recente história nacional.

A senadora Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do partido, e o ex-presidente Lula, com a desfaçatez que lhes é peculiar, articularam uma greve de fome para manter o petista-mor na mídia, enquanto ele cumpre provisoriamente pena de prisão (doze anos e um mês) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Contudo, nenhum dos dois sequer abre mão de uma refeição diária. Ou seja, a dupla petista é adepta do provérbio faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. A greve foi terceirizada aos companheiros do MST, que na terça-feira (31) protagonizaram uma pantomina diante do Supremo Tribunal Federal (STF), para anunciar que desistirão do pão com mortadela de cada dia para exigir a libertação do condenado Lula. Como se esse pífio espetáculo pudesse atropelar a legislação vigente.


As comédias petistas têm cada vez menor audiência porque ninguém as leva a sério. Porém, é significativo que nenhum medalhão do partido, daqueles que se dizem dispostos a matar ou morrer por seu líder, tenha se disposto a participar da greve, mesmo que de forma farsesca.

Lula, por sua vez, não se dispôs a abrir mão ao menos do desjejum, servido todos os dias pontualmente às 7 horas da manhã, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso há pouco mais de cem dias.

Por outro lado, a gazeteira Gleisi Helena, que já foi capaz de insanidades inaceitáveis – como nomear um pedófilo conhecido, Eduardo Gaievski, para comandar as políticas do governo federal para crianças e adolescentes, quando ocupou a Casa Civil de Dilma Rousseff – não foi capaz de abrir mão do auxílio-alimentação que recebe como senadora, em demonstração de solidariedade eficaz aos grevistas do MST. A comédia do PT e de seu líder encarcerado torna-se cada vez mais sem graça.