Depois do discurso discriminatório do vice, o farsesco Bolsonaro chama endividados de bandidos

Candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, seguindo orientação dos seus marqueteiros, se esforçou para manter o farsesco estilo “paz e amor” durante o debate da Band, na noite de quinta-feira (9), mas em dado momento não se conteve e acabou mostrou sua verdadeira essência. A de um preconceituoso que acredita que a solução dos problemas está na força e na discriminação.

Após afirmar que pagará as dívidas de 63 milhões de brasileiros endividados, como os nomes negativados no SPC, o também presidenciável Ciro Gomes (PDT) quis saber como Bolsonaro poderia resolver esse problema. Durante o debate, Ciro não revelou a fórmula mágica para essa questão.

Jair Bolsonaro, que jamais sabe de alguma coisa, disse não ter solução para o problema, mas desejou boa sorte a Ciro nessa empreitada. Mesmo assim, o candidato do PSL não perdeu a viagem e disparou sua insana verborragia na direção dos endividados. “Tem gente honesta que está no SPC, mas tem muito, muito bandido também”, disse Bolsonaro.


Esse discurso insano, marcado pelo falso moralismo, é fácil para quem recebeu da Câmara dos Deputados R$ 900 mil em auxílio-moradia, mesmo sendo proprietário de um imóvel em Brasília. Segundo o próprio candidato, o dinheiro foi usado para “comer gente”.

Não bastassem os comentários racistas e discriminatórios do seu candidato a vice, o general reformado Antonio Hamilton Mourão, que para justificar a declaração “o Brasil herdou a malandragem dos africanos” afirmou existir em alguns estados brasileiros muitos malandros, como os que acordam tarde e os que chegam atrasado no trabalho, Bolsonaro atacou os que têm dívidas atrasadas.

Em vez dessas declarações marcadas pela indigência intelectual, algo que leva os integrantes da sua seita ao delírio, Jair Bolsonaro deveria explicar ao País quem até o momento financiou suas andanças Brasil afora e custeou a tropa de choque cibernética que dispara ordens coordenadas para que seus seguidores ataquem nas redes sociais seus críticos. Há algo estranho nessa contabilidade, pois um salário de deputado federal é pouco para fazer frente a tantas despesas.