Lava-Jato: MPF denuncia Palocci e Guido Mantega por corrupção e lavagem de dinheiro

A força-tarefa da Operação Lava Jato apresentou à Justiça, nesta sexta-feira (10), denúncia contra os ex-ministros Antônio Palocci Filho e Guido Mantega pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Executivos da empreiteira Odebrecht e os publicitários Mônica Moura e João Santana também foram denunciados.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), três ex-diretores da empresa ofereceram vantagens ilícitas aos ex-ministros para que ajudassem na edição de uma medida provisória de interesse da empreiteira.

De acordo com a investigação, foram disponibilizados R$ 50 milhões em uma conta do setor de propinas da empresa, que ficou à disposição dos acusados. Parte do valor teria sido repassada aos publicitários para ser usada na campanha eleitoral de 2014, ou seja, em benefício da então presidente Dilma Rousseff, que naquele ano conquistou a reeleição.

“Durante as investigações ficou comprovado que, ao longo dos anos de 2008 e 2010, houve intensa negociação entre Marcelo Odebrecht e, sucessivamente, Antônio Palocci e Guido Mantega, para a edição de medida provisória que beneficiasse as empresas do grupo Odebrecht e permitisse a solução de questões tributárias do grupo. O objetivo da manobra legislativa era permitir o pagamento parcelado de tributos federais devidos, com redução de multa, bem como sua compensação com prejuízos fiscais”, diz o MPF.


A covardia de Lula

Enquanto Mantega ziguezagueia diante dos fatos, sabe-se lá até quando, negando envolvimento no maior e mais ousado esquema de corrupção da história da humanidade, Palocci, por sua vez, não apenas confessou participação nos crimes que derreteram o PT, mas já avançou em negociação de acordo de colaboração premiada.

Contudo, causou espécie o fato de Lula, condenado à prisão no caso do apartamento triplex do Guarujá, no litoral paulista, ter arrolado o cantor Gilberto Gil como testemunha na ação penal que trata do polêmico sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.

Lula, covarde conhecido que adora exalar falsas doses de coragem, deveria ter indicado como testemunha alguém que conhece a fundo o banditismo político do PT e está disposto a falar, como Palocci, por exemplo. Arrolar Gilberto Gil, colocando em risco sua reconhecida carreira como artista, foi mais uma estratégia rasteira do petista.