O Partido dos Trabalhadores encerrou a noite desta quinta-feira (16) com mais uma dor de cabeça no estoque, pois a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, decidiu que o relator do pedido de registro da candidatura do condenado e inelegível Lula à Presidência da República é o ministro Luís Roberto Barroso.
Inicialmente, o pedido de registro de Lula foi distribuído por sorteio a Barroso, ao vice-presidente do TSE, mas o PT, que continua acreditando estar acima da lei e de todos, questionou a Corte Eleitoral acerca dos critérios de definição da relatoria, alegando que o ministro Admar Gonzaga já é relator de dois processos que pedem a impugnação da candidatura do ex-metalúrgico.
Barroso, para não dar motivos ao PT para abusar do chamado “jus sperniandi”, encaminhou o questionamento à ministra Rosa Weber, que, na condição de presidente do TSE, definiu a questão.
Como já antecipado, o ministro Luís Roberto Barroso, diante da relevância da matéria, já sinalizou que prefere não decidir monocraticamente, deixando o veredicto sobre o registro da candidatura de Lula para o plenário do TSE.
Com a decisão da presidente do TSE, caberá ao ministro Barroso analisar a contestação da procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, que requer a impugnação da candidatura do petista.
A defesa do ex-presidente Lula, que como o defendido abusa da ironia quando convém, reagiu à rapidez com que a procuradora Raquel Dodge requereu a impugnação da candidatura.
“A gente não tinha visto a Procuradoria ser tão rápida até hoje, né?”, disse o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira. “Se houvesse essa rapidez em todos os casos, o estoque de processos do Brasil estaria zerado”, afirmou o defensor de Lula.
Para o desespero da milionária defesa de Lula e da cúpula do PT, o TSE, que tem até o dia 17 de setembro para analisar e julgar os registros das candidaturas, decidirá sobre o caso do petista-mor muito antes do que se imagina.
