Desemprego cai para 12,3%, mas ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros

A taxa de desemprego do País caiu 0,6 ponto percentual e fechou o trimestre encerrado em julho em 12,3%, na comparação com o trimestre anterior (12,9%). Ainda assim, o Brasil ainda tem 12,9 milhões de pessoas desempregadas, cenário que reflete a dificuldade do caminho a ser percorrido pela economia nacional em busca da recuperação.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparada ao trimestre maio-julho do ano passado, quando a taxa de desocupação era de 12,8%, a redução na taxa de desemprego chegou a 0,5 ponto percentual.

Mesmo com uma população desocupada de 12,9 milhões de pessoas, o número significa uma queda de 4,1% em relação ao trimestre fevereiro-abril, quando a população desempregada era de 13,4 milhões. Também é 3,4% menor do que quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, quando havia 13,3 milhões de desocupados.

Desalento cresce 17,8% em doze meses

O contingente dos chamados desalentados – que desistiram de procurar emprego – alcançou nível recorde, atingindo 4,818 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em julho, de acordo com Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um ano, o crescimento desse grupo foi é de 17,8%, ou seja, aumentou em 728 mil o número de desalentados. No segundo trimestre do ano, o número de desalentados já era de 4,8 milhões.


Segundo o instituto, o contingente de pessoas fora do universo laboral também é recorde, na comparação trimestral. O número de brasileiros que nem trabalham nem procuram emprego atingiu 65,5 milhões, aumento de 1,08 milhão em um ano.

Falta trabalho para 27,6 milhões de pessoas

A situação mostra-se ainda pior quando analisado o cenário que engloba a mão de obra subutilizada. A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,5% no trimestre encerrado em julho, ante 24,6% no trimestre encerrado em abril. Isso significa que falta trabalho para 27,6 milhões de pessoas no País.

“Quase um quarto da força de trabalho ampliada do Brasil está subutilizada”, destacou Azeredo.

A população subutilizada, 27,6 milhões de pessoas, ficou estável frente ao trimestre anterior (27,5 milhões). Em relação ao mesmo trimestre de 2017 (26,6 milhões), este grupo cresceu 3,4%, o que representa um acréscimo de 913 mil brasileiros subutilizados em termos de trabalho. Já o número de subocupados passou de 6,3 milhões no trimestre encerrado em abril para 6,6 milhões no trimestre encerrado em julho. (Com ABr)